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segunda-feira, 9 de abril de 2018

COLUNA HORA DA CIDADANIA COM O DELEGADO ERICK LESSA



QUEREMOS UMA POLÍTICA LIMPA!

A figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido pintada em diversos tons, que variam da idolatria à demonização. Com sua trajetória de vida, do garoto que - nas palavras da jornalista Denise Paraná - foi criado "como num rebanho" ao presidente chamado de "o cara" por Barack Obama. Lula encarna a imagem de um homem vitorioso. Entretanto, a sua história e sua recente prisão devem ser enxergadas com equilíbrio e racionalidade, deixando de lado as paixões vulcânicas que inviabilizam uma leitura coerente dos fatos.

Inegavelmente, ocorreram avanços sociais durante os governos Lula. Na educação, milhares de jovens tiveram acesso ao ensino superior através de programas como o ProUni e o Sisu. O ensino técnico foi valorizado por meio do Pronatec e dos institutos federais que se espalharam pelo Brasil. Além disso, houve redução nas taxas de desemprego e pobreza, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) registrou uma média de crescimento de 2,9% ao ano. O valor do salário mínimo aumentou cerca de 9% anualmente durante o mesmo período.

Porém, a condenação de Lula não foi por causa do seu desempenho como presidente. O petista tornou-se alvo da Operação Lava Jato por suspeitas relativas a um tríplex no Guarujá (SP) e um sítio em Atibaia. Nas investigações, constatou-se que ele foi beneficiado com R$ 3,7 milhões para a compra e reformas do tríplex. Mesmo com direito a ampla defesa, Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, o petista ainda responde por quatro tipos de crime em outros seis processos judiciais - corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência. As investigações apontam mais de 3 mil evidências contra o líder do Partido dos Trabalhadores.

No ato realizado no sábado (7), antes de entregar-se à Polícia, o ex-presidente afirmou que não é "um ser humano, mas uma ideia". As palavras servem apenas como retórica política, significando uma visão de mundo e um jeito de governar. No palanque com Lula, estavam outros dois pré-candidatos à presidência: Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D'Ávila (PCdoB). Pode-se afirmar que, de certa forma, o ex-torneiro-mecânico estava "passando o bastão" da hegemonia da esquerda para os dois líderes jovens. O petista sabe que, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, poderá ficar inelegível por até oito anos após o cumprimento da pena. Assim sendo, ele é obrigado a passar mais de duas décadas longe das disputas eleitorais - quando já estaria com 92 anos de idade. Se assim ocorrer, estamos diante do ocaso político de uma das maiores lideranças deste país.

A condenação do ex-presidente mostra o cumprimento do artigo 5º da Constituição Federal, de que "todos são iguais perante a lei". Ou seja, que Lula é mais um ser humano, como todos nós, que não se encontra acima da lei. Esperamos, portanto, que o mesmo princípio se aplique também a outros políticos que estão sendo alvos de investigações. Queremos uma política limpa em nosso país, com homens e mulheres que pensem no bem comum e na promoção da justiça.

Fica a reflexão. Esteja atento à próxima edição da coluna Hora da Cidadania, que é divulgada todas as segundas-feiras. Você pode dar sugestão de temas, fazer críticas e elogios através do e-mail: ericklessa04@gmail.com.
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