Dr. Salustiano Albuquerque, Dr Osvaldo Morais e Dr. Erick Lessa. |
Chefe da polícia Civil no Estado, Dr. Osvaldo Morais. |
Dr. Romano Costa. |
O presidente do inquérito Dr. Erick Lessa, apresentou os detalhes. |
Aconteceu hoje
(quinta-feira, 19) pela manhã, a coletiva de imprensa, sobre a prisão dos 10
vereadores de Caruaru, na sede da Polícia Civil, no Recife. Na apresentação, os delegados da Polícia
Civil, o Gestor Operacional do Interior - 01 Dr. Erick Lessa, o chefe geral da
Polícia Civil Dr. Osvaldo Morais, o subchefe da Polícia Civil Dr. Romano Costa
e o delegado chefe do interior-01 Dr. Salustiano Albuquerque, que
apresentaram poucas novidades, entre elas, que um vereador aceitou fazer a
delação premiada. No entanto, de acordo com o delegado Erick Lessa, o nome não
pode ser revelado, para não atrapalhar as investigações. A delação premiada
pode diminuir em até dois terços a pena do acusado.
A “Operação
Ponto Final” resultou na prisão de vereadores envolvidos em esquema de
corrupção. As investigações estavam sendo realizadas há seis meses.
Participaram dos trabalhos 120 policiais civis, entre delegados, agentes e
escrivães. Além de serem presos sob acusação de corrupção, os vereadores Val (DEM), Evandro Silva (PMDB)
e Cecílio Pedro (PTB) foram autuados em flagrante, por porte ilegal de
arma. Com o peemedebista foram encontradas duas espingardas calibres 36 e 38 e
um revólver calibre 38. Na residência de Val (DEM) a Policia Civil encontrou um
revólver 38, duas espingardas calibres 12 e 32 e um rifle. Na casa de Cecílio
Pedro foi encontrado um revólver calibre 38. São mais complicações, já que para
essas armas encontradas os vereadores não teriam porte de arma.
De acordo com o delegado Erick Lessa, mais um vereador da base do
governo, pode ser preso por estar envolvido no crime de concussão, ao qual os
vereadores presos estão sendo acusados. Devido as investigações, o delegado
Erick Lessa não informou o nome, mas o certo é que está num grupo de 13, já que
outros quartos governistas já estão presos.
O primeiro a
falar foi o chefe geral da Polícia Civil Osvaldo Morais, que explicou os
motivos das investigações. “Em razão de denúncias anônimas que chegaram aqui,
iniciamos uma investigação para averiguar as denúncias e percebemos que
existiam mesmo as denúncias. Depois disso, conseguimos chegar até as provas que
culminaram com a prisão dos vereadores.
O delgado
Erick Lessa, explicou que o projeto em questão da propina foi o BRT, votado na
última terça-feira. “A investigação se baseou nessa premissa que desde junho,
quando várias notícias foram veiculadas sobre esse suborno”, diz Lessa. De
acordo com o texto do inquérito que culminou com a prisão dos dez vereadores de
Caruaru, cerca de R$ 2 milhões seriam rateados entre os edis envolvidos no
caso. Os detalhes desse montante e como ele seria supostamente dividido, serão
apresentados nessa quinta-feira numa coletiva de imprensa na Secretaria de
Defesa Social.
O dinheiro
em questão estaria sendo negociado para que o projeto do BRT fosse aprovado na
Câmara Municipal, com isso, Caruaru teria autorização para adquirir o
empréstimo de 250 milhões para a construção da obra. Após seis meses de
investigação, a Polícia Civil esperou que o projeto fosse aprovado na Sessão
ordinária de terça a noite. Com isso, os mandados foram emitidos e os
vereadores presos.
As defesas
dos edis garantem que eles são inocentes e que as acusações não procedem e prometiam
entrar como o pedido de habeas corpus ainda nesta quinta-feira.
Ao todo, continuam presos: Jadiel
Nascimento (PROS), Sivaldo Oliveira (PP), Val das Rendeiras (PROS), Cecílio
Pedro (PTB), Val (DEM), Louro do Juá (DEM), Eduardo Cantarelli (PS), Neto
(PMN), Evandro Silva (PMDB) e Jajá (PPS).
Os novos vereadores tomaram posse hoje pela manhã. |
Saiba quem são os suplentes que tomaram posse: no lugar de Eduardo
Cantarelli (SDD), assumiu Joel da Gráfica (DEM), que teve 1.958 votos; no
de Evandro Silva (PMDB), assumiu Rosimery da Apodec (DEM), que teve 1.349
votos; na vaga de Cecílio Pedro (PTB), assumiu Alecrim (PSD), que teve
3.284 votos e está em período de pós-cirurgia, podendo tomar posse em até 15
dias; na de Jadiel Nascimento (PROS), assumiu Rodrigues da Ceaca (PRTB),
que teve 1.452 votos; no lugar de Jajá (PPS), assumiu Carlinhos da Ceaca
(PPS), que teve 1.264 votos; no de Louro do Juá (SDD), assumiu Nino do Rap
(DEM), que teve 1.440 votos; no de Val (DEM), assumiu Duda do Vassoural
(DEM), que teve 2.020 votos ; no lugar de Val das Rendeiras (PROS), assumiu Jaélcio
Tenório (PRB), que teve 1.287 votos; no de Neto (PMN), assumiu Tenente
Tibúrcio (PMN), que teve 1.390 votos; e no de Sivaldo Oliveira (PP), assumiu Pastor
Carlos Santos (PRB), que teve 1.413 votos.