Os policiais
civis de Pernambuco farão nova paralisação de 24 horas no dia 18 de junho,
quinta-feira próxima. A nova mobilização foi decidida em assembleia geral da
categoria, realizada em frente a sede do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis
de Pernambuco), na noite desta quinta-feira (11).
A reunião
também manteve a Operação Polícia Cidadã, desta vez, mas com a fiscalização
reforçada. A operação exige que os policiais civis trabalhem dentro de suas
funções e em condições adequadas, de acordo com normas e leis específicas, o
que, na prática, não é cumprido em Pernambuco. Em parte pelo baixo efetivo da
polícia e pelas péssimas condições de trabalho nas delegacias em todo o Estado.
A novidade
ficou por conta da agenda de mobilizações. Neste sábado, 13 de junho, o Sinpol
fará uma panfletagem na praia de Boa Viagem, a partir das 8h, saindo da
pracinha de Boa Viagem.
No dia 18 de
junho, realizará outra paralisação de 24 horas, começando às 00h01min. Neste
mesmo dia, a partir das 16h, o sindicato promoverá outra passeata por melhores
salários, saindo da sede do Sinpol até o Palácio do Campo das Princesas.
Na semana do
São João, o Sinpol incentivará os policiais que não quiserem cumprir jornadas
extenuantes fora do seu turno, a não receber as diárias do Estado em troca de
sua folga. Caso o policial se sinta coagido, o Sinpol disponibilizará seu
departamento jurídico para possíveis intervenções.
"Não
vamos recuar, vamos manter nossa mobilização e nossa força. Está provado que a
polícia civil está unida em torno de uma pauta objetiva. Estamos sendo
objetivos e o Governador precisa nos escutar", lembrou Áureo Cisneiros,
presidente do Sinpol.
Estiveram na
assembleia do Sinpol o presidente da Adeppe (Associação dos Delegados de
Polícia de Pernambuco), Francisco Rodrigues; o deputado estadual Joel da Harpa
(PHS); os diretores do Sindetran (Sindicato dos Servidores do Detran) Alexandre
Bulhões e Fernando Coelho; além do assessor jurídico do Sinpol, Jesualdo Campos
Júnior.
A paralisação
dos dias 10 e 11 de junho logrou êxito e mais de 90% da categoria parou. Por
levantamentos internos do Sinpol, a maioria dos Boletins de Ocorrência feitos
nesses dias diziam respeito a flagrantes e local de homicídio.
Também, 100%
dos Expressos Cidadão não funcionaram nos setores relativos ao trabalho da
Polícia Civil e as unidades do Instituto de Medicina Legal (IML) só funcionaram
depois de um acordo do Sinpol com o Governo e para não prejudicar a população
em um assunto delicado como a liberação de corpos de entes queridos.