A NATURALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA
Estamos iniciando hoje, a Coluna Opinião de Mulher. Um espaço onde
iremos abordar temas da atualidade e debater ocorrências relevantes em nosso
país e localidade. Para começarmos, é oportuno lembrar que no dia 10 de
Dezembro foi comemorado o dia internacional dos Direitos Humanos. Diante disso,
trazemos a reflexão que a violência contra as mulheres é a violação mais
generalizada desses direitos. E o feminicídio, sua expressão mais extrema.
Segundo o Mapa da Violência 2015, o Brasil tem a quinta maior taxa
de assassinatos de mulheres do mundo. A Organização das Nações Unidas (ONU)
recomenda que crimes de ódio contra a mulher sejam mapeados e divulgados
periodicamente. Segundo a instituição, o procedimento auxilia em investigações
e ajuda a criar políticas de segurança de acordo com os perfis das regiões.
Porém, faltam dados de qualidade, recursos orçamentários para a
implementação das políticas públicas, continuidade e coordenação das políticas
e planos nacionais, acesso à justiça com visão de impunidade zero e mudança nos
padrões culturais patriarcais que naturalizam a violência contra as mulheres no
país.
O mapeamento dos crimes cometidos contra as mulheres no país é de
extrema importância, mas faz-se necessário não revelar apenas o quantitativo, e
sim, avançarmos também nos debates sobre esse problema tão legítimo. É
imprescindível disseminar o perfil do feminicida, explorar os mecanismos de
proteção existentes e empoderar as mulheres para que, a qualquer sinal mínimo
de violência, as mesmas busquem suporte. Precisamos avançar em políticas
preventivas. Fica a reflexão.
Esse foi a nossa Opinião de Mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas, questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.