O AMOR EM TEMPOS LÍQUIDOS
No último
Sábado (17), um crime comoveu a população e teve grande repercussão. Em
Araguari, Minas Gerais, um empresário de 39 anos matou sua esposa, filha e em
seguida cometeu suicídio. A médica Mariana Barbosa Paranhos, de 33 anos, estava
de plantão quando por volta das 3h da manhã seu esposo Thiago José de Aquino
Marques, a chamou alegando que a filha do casal estava passando mal.
O empresário
conduziu o carro até o centro da cidade onde colidiu contra um muro de duas
casas, após discussões a médica tentou fugir do marido, ao sair do carro ele
tentou atropela-la, a mesma pulou o muro de uma casa, porém o empresário a
alcançou e a esfaqueou. Após o crime, Thiago cometeu suicídio. Ao chegar ao
local, a perícia encontrou a filha do casal, Valentina Paranhos de 4 anos
esfaqueada na cadeirinha. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar o
que motivou a morte da família. Foram apreendidos os celulares do casal para
serem periciados.
Fatos como esse
geram grande comoção e nos fazem refletir a que ponto chegamos como sociedade.
Os valores sobre a vida, família e relações estão sensibilizados ao extremo. O
diálogo cada vez mais tem sido substituído por outros mecanismos. O Sociólogo
Zygmunt Bauman, aborda problemas desse tipo como fruto de uma sociedade
desestruturada onde as relações são menos frequentes e duradouras. Em uma de
suas obras ele trata o amor nos tempos da modernidade como algo líquido.
Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.
Que possamos
resgatar dentro de nós valores esquecidos e trazer aos que nos cercam a
importância do diálogo, respeito, cumplicidade. Que fatalidades como essa
exemplificada, nos levem além do entristecer, e sim a buscar mais tolerância
com o próximo. Seja ele quem for, seja qual for a situação.
Essa foi minha
opinião de mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas,
questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.