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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

COLUNA DO DELEGADO LESSA




A VOZ DA MULHER PRECISA SER OUVIDA

Cada vez mais, as mulheres vítimas de violência estão buscando proteção por meio das instituições competentes. Na última sexta-feira, dia 14, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) divulgou que o estado registrou um aumento no número de mulheres que procuraram a delegacia para prestar queixas sobre violência doméstica e familiar.

Segundo o levantamento, em novembro deste ano, foram registrados 3.192 boletins de ocorrência deste tipo, enquanto no mesmo período do ano passado foram contabilizados 3.001. Esses números indicam um fortalecimento da voz feminina, que está procurando sair do ciclo de violência, mas também mostram que os casos de agressões permanecem.

Na mesma data que esses dados foram divulgados, a Polícia Civil de Paulista, na Grande Recife, encontrou os restos mortais de uma adolescente de 17 anos que estava desaparecida. Ela havia denunciado o ex-marido de abuso sexual do filho dela, uma criança de apenas 2 anos de idade. Suspeito de envolvimento no crime, o ex-marido foi autuado em flagrante por feminicídio e ocultação de cadáver.

Ao mesmo tempo, o Brasil assiste ao desenrolar do caso do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Ele é denunciado por abuso sexual de mais de 300 mulheres (incluindo jovens e crianças). Algumas dessas acusações são de casos ocorridos há mais de 30 anos, que só agora as vítimas se sentiram seguras para denunciar. O médium nega as denúncias, mas se entregou por volta das 16h do domingo (16), na zona rural de Abadiânia, em Goiás, depois de uma longa negociação.

É preciso que o Estado invista fortemente na defesa e na proteção das mulheres. A ampliação de delegacias especializadas e de novos mecanismos de denúncia – que garantam a segurança das vítimas – são algumas das medidas que podem ser implementadas. A voz da mulher precisa ser ouvida. Esse ciclo de violência não pode continuar.