MINHA CASA, MINHA VIDA!
Um dos grandes problemas em nosso país
é a garantia de uma moradia segura para cada família. Ter um local adequado é
tão importante, que consta no art.03 da Lei 8080/90 os fatores Determinantes e
Condicionantes de Saúde, entre outros, estão a alimentação, a moradia, o
saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a
atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços
essenciais. Entende-se que, sem o citado, é impossível que um indivíduo tenha
saúde.
Segundo um recente estudo promovido
pelo Instituto Escolhas e o Centro de Estudos de Políticas e Economia do Setor
Público da Fundação Getúlio Vargas, após analisarem as vinte maiores regiões
metropolitanas do Brasil, onde o objetivo foi descobrir a influência do Programa
Minha Casa Minha Vida na expansão territorial desses municípios, se concluiu
que a população mais pobre contemplada pelo programa foi levada para longe das
cidades. E essa distância impossibilita o acesso a inúmeros serviços, inclusive
aos empregos, para que as famílias consigam se manter.
Os conjuntos habitacionais são
construídos em locais muito distantes, fora dos centros urbanos. E, em maioria,
não dispões de atendimentos essenciais nos seus derredores. Termina-se
resolvendo um problema e acumulando outros. Em muitos casos, indivíduos
realizam o sonho da casa própria, porém passam a conviver com muitas outras
dificuldades. Locomoção, atendimentos em saúde, acesso à escolas e faculdades,
inserção no mercado de trabalho, são verdadeiros desafios.
Não precisamos ir muito longe, basta se
observar os conjuntos habitacionais pelo programa em nossa cidade. São
totalmente afastados, alimentando graves problemas nas periferias. Destacamos
que esse não é apenas um problema do Banco o qual oferta o programa, mas também
das prefeituras que são responsáveis pela escolha de onde serão construídas as
casas. Não deveria ser tratado somente como um depósito de pessoas. As pessoas
precisam de respeito e dignidade, precisam de condições mínimas de
sobrevivência. Afinal, não é apenas “Minha Casa, é Minha Vida” também.
Essa foi minha opinião de mulher de
hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas, questionamentos e sugestões para
dra.nayarasousa@hotmail.com.