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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

COLUNA OPINIÃO DE MULHER COM A ENFERMEIRA E PROFESSORA UNIVERSITÁRIA NAYARA SOUSA



MAIS UM FEMINICÍDIO!

Na madrugada do último Sábado (26), uma adolescente de 17 anos foi assassinada à 7 facadas. O crime ocorreu no bairro do São João da Escócia. O suspeito do crime é o marido da vítima que, após uma discussão entre o casal, a assassinou brutalmente. A vítima tinha um filho de dois anos com o suspeito, o qual presenciou o homicídio. O marido da adolescente confessou o crime e foi preso na manhã do Sábado. O mesmo relatou não se arrepender do que fez.

Mais um registro de feminicídio! A violência contra as mulheres tem sido ao longo dos anos perpetuada. Sabe-se que o feminicídio é o fechamento de um ciclo de violência. Ciclo esse, que muitas vezes percorre anos! Inicia-se de forma sutil e infelizmente culmina em grandes atrocidades. A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que crimes de ódio contra a mulher sejam mapeados e divulgados periodicamente. Segundo a instituição, o procedimento auxilia em investigações e ajuda a criar políticas de segurança de acordo com os perfis das regiões. Porém, faltam dados de qualidade, recursos orçamentários para a implementação das políticas públicas, continuidade e coordenação das políticas e planos nacionais, acesso à justiça com visão de impunidade zero e mudança nos padrões culturais patriarcais que naturalizam a violência contra as mulheres no país.

A Lei Maria da Pena é reconhecida pela ONU como uma das melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra as mulheres. Já a Lei de Feminicídio, trata diretamente de assassinatos por questões de gênero e tem o seu rigor maior quando comparada a um homicídio comum. Os números de denúncias tem aumentado cada vez mais, pois muitas vítimas tem quebrado esse ciclo de violência antes que se caracterize em feminicídio. Em contra partida, também podemos observar um aumento nos casos de feminicídio, sendo boa parte de mulheres que não denunciaram seus agressores anteriormente. É necessário a união de esforços para combater um problema dessa magnitude. Que vai desde a base educacional até a punição efetiva de culpados.

Que todos nós como sociedade, possamos combater, denunciar e trabalhar copiosamente para que fatos como esse ocorrido em Caruaru se tornem extintos. É preciso resgatar a dignidade dos relacionamentos através do respeito mútuo e isso começa dentro de nossas casas, no ceio familiar. Não podemos dividir a sociedade como se homens e mulheres estivessem em um campo contínuo de batalha. Precisamos unir nossos valores e investir na base de sustentação, para que sejamos de fato, humanos.

Esse foi a nossa Opinião de Mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas, questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.