MAIS UM FEMINICÍDIO!
Na madrugada do
último Sábado (26), uma adolescente de 17 anos foi assassinada à 7 facadas. O
crime ocorreu no bairro do São João da Escócia. O suspeito do crime é o marido
da vítima que, após uma discussão entre o casal, a assassinou brutalmente. A
vítima tinha um filho de dois anos com o suspeito, o qual presenciou o
homicídio. O marido da adolescente confessou o crime e foi preso na manhã do Sábado.
O mesmo relatou não se arrepender do que fez.
Mais um
registro de feminicídio! A violência contra as mulheres tem sido ao longo dos
anos perpetuada. Sabe-se que o feminicídio é o fechamento de um ciclo de
violência. Ciclo esse, que muitas vezes percorre anos! Inicia-se de forma sutil
e infelizmente culmina em grandes atrocidades. A Organização das Nações Unidas
(ONU) recomenda que crimes de ódio contra a mulher sejam mapeados e divulgados
periodicamente. Segundo a instituição, o procedimento auxilia em investigações
e ajuda a criar políticas de segurança de acordo com os perfis das regiões.
Porém, faltam dados de qualidade, recursos orçamentários para a implementação
das políticas públicas, continuidade e coordenação das políticas e planos
nacionais, acesso à justiça com visão de impunidade zero e mudança nos padrões
culturais patriarcais que naturalizam a violência contra as mulheres no país.
A Lei Maria da
Pena é reconhecida pela ONU como uma das melhores legislações do mundo no
enfrentamento à violência contra as mulheres. Já a Lei de Feminicídio, trata
diretamente de assassinatos por questões de gênero e tem o seu rigor maior
quando comparada a um homicídio comum. Os números de denúncias tem aumentado
cada vez mais, pois muitas vítimas tem quebrado esse ciclo de violência antes
que se caracterize em feminicídio. Em contra partida, também podemos observar
um aumento nos casos de feminicídio, sendo boa parte de mulheres que não
denunciaram seus agressores anteriormente. É necessário a união de esforços para
combater um problema dessa magnitude. Que vai desde a base educacional até a
punição efetiva de culpados.
Que todos nós
como sociedade, possamos combater, denunciar e trabalhar copiosamente para que
fatos como esse ocorrido em Caruaru se tornem extintos. É preciso resgatar a
dignidade dos relacionamentos através do respeito mútuo e isso começa dentro de
nossas casas, no ceio familiar. Não podemos dividir a sociedade como se homens
e mulheres estivessem em um campo contínuo de batalha. Precisamos unir nossos
valores e investir na base de sustentação, para que sejamos de fato, humanos.
Esse foi a
nossa Opinião de Mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas,
questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.