O Sinpol tomou conhecimento
hoje, através da imprensa, que foi condenado em última instância pelo TJPE a
pagar uma indenização no valor de R$ 8 mil, por danos morais, ao ex-corregedor
da SDS, Servilho Paiva. A punição, de acordo com a justiça, foi aplicada porque
Paiva foi chamado de “Perseguidor Geral”, crítica que fazia referência ao cargo
que o ex-gestor ocupava e a forma com que conduzia o órgão.
O Sinpol declara
publicamente que respeita a decisão da justiça, mas o julgamento que realmente
nos interessa é o dos Policiais Civis, que conhecem de perto os abusos
cometidos historicamente pelos que conduzem esse aparelho tão importante para
nossa sociedade.
Quando um instrumento
republicano e poderoso como uma Corregedoria de Polícia é usado para fins
políticos ou pessoais, quem perde é o povo, pois em vez de estarem investigando
e punindo policiais que cometem crimes têm focado, a grosso modo, em perseguir
Policiais que lutam para melhorar a realidade da nossa instituição e, por
conseguinte, da nossa sociedade.
Não é à toa que hoje,
somados, o Presidente e o Vice-presidente do Sinpol acumulam cerca de 30
processos administrativos, entre os quais dois pedem a demissão de ambos. Além
deles, diversos outros diretores e Policiais da base foram punidos pelo
exercício de seus respectivos direitos sindicais, garantidos
constitucionalmente. Também foi esse mesmo gestor que em 2015 tentou punir
muitos de nós pelo movimento de entrega do PJES, que surgiu como forma de
pressionar o Governo por melhores salários.
Foi exatamente por isso que
o Sinpol decidiu agir contra a postura do então corregedor, uma vez que o movimento
ganhava força e os policiais temiam ser ainda mais perseguidos. Por isso,
atendendo uma demanda da base, a diretoria decidiu começar uma empreitada para
desgastar a imagem do ex-gestor até que fosse substituído, o que acabou
acontecendo em seguida. Tudo isso para que o movimento da campanha salarial
pudesse avançar.
O fato é que todos esses
processos foram instaurados em decorrência da luta pela valorização salarial da
categoria ou pelas denúncias e cobranças por melhores condições de trabalho. Vale
ainda ressaltar que a maior parte desses processos foram iniciados na gestão do
então Corregedor Geral e agora “vítima do Sinpol”, Servilho Paiva, e que
dezenas deles foram arquivados pelas claras inconsistências.