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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ




MARIA E JOÃO: O CONTO DAS BRUXAS


Apenas um filme que aposta e se agarra na mudança de título.

Assistir esta nova versão do conto clássico da literatura, João e Maria, poderia sido uma experiência única, devido a promessa de colocar Maria no protagonismo feminino, porém infelizmente não foi bem assim. A história, todo mundo já  conhece, mas aqui, a  inversão de título, tenta se justificar desde o início, baseado no ponto de vista de como Maria enxerga a realidade a sua volta, deixando de explorar o terror, principal ingrediente que nos convidava pra assistir a sessão.

O filme narra que há muito tempo, em um campo distante, Maria (Sophia Lillis) leva seu irmãozinho João (Sammy Leakey) a um bosque escuro, em uma busca desesperada por comida e trabalho. Quando eles encontram Holda (Alice Krige), uma misteriosa mulher que reside na floresta, os dois irmãos descobrem que nem todo conto de fadas termina bem. O diretor Oz Perkins (filho de Anthony Perkins) deixa o espaço quase que disponível pra personagem de Sophia Lillis de uma forma que chega a beirar a chatice, tamanho é a previsibilidade de suas ações. É dela que vem tudo, desde  a necessidade de percorrer a floresta sombria com seu irmão, até encontrar seu lugar naquela história toda e pra isso, ela tem que sair narrando tudo, mas tudo mesmo, detalhadamente e nos mínimos detalhes, que não vai se sujeitar a assumir  responsabilidades precoces ou aceitar abusos por causa das necessidades da família. Até aí, tudo bem, mas acredito que existiam formas diferentes pra mostrar a força da protagonista sem que fosse  preciso a colocar na condição de ter que explicar exaustivamente tudo que sentia ou tudo que iria acontecer. Acredito que o espectador é inteligente o suficiente pra entender sentimentos e as mais diversas emoções de qualquer personagem em um filme de terror. Foram coisas extremamente incômodas de se assistir e que de fato deixaram a jornada da protagonista tediosa e clichê.

Maria e João: O Conto das Bruxas conta ao menos com um clima de tensão, mérito do notável trabalho do diretor de fotografia Galo Olivares. Ao menos isso, compensou, pois visualmente os ambientes, as casas e florestas transmitem algum mistério. De fato é a única coisa que mantém o espectador acordado. Os elementos fantasiosos demoram a serem mostrados e quando aparecem em cena a gente nem se empolga, justamente porque passa a impressão que já assistimos aquilo tudo em outras obras. Inserir informações aos poucos, faz tudo parecer desinteresse, ainda mais quando temos a protagonista repetindo falas que já foram ditas e mesmo quando ela, através da magia é guiada por horizontes providenciados por Holda (Alice Krige) a conhecer a sensação de pertencimento, não nos causa impacto. Falta medo, falta terror, falta de fato uma magia convincente.

No fim, apesar de ser um filme que traga questionamentos sobre o papel da mulher na sociedade, trate de questões evolutivas quanto ser humano e atitudes essenciais quando o quesito é proteger o irmão, Maria e João: O Conto das Bruxas deixa a desejar  e é apenas um filme que aposta e se agarra na mudança de título.

#Assista
#Deixeseucomentário
#MariaeJoãoOContodasBruxas


PROGRAMA CLUBE DO FILME

Neste sábado, às 13h, tem seu programa de cinema pela Rádio Cultura do Nordeste, o CLUBE DO FILME, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz.

O Clube do Filme dará continuidade a sequência chamada FILMES COMPLEXOS, com UMA ANÁLISE DETALHADA SOBRE O FILME  "A CHEGADA".

Participação dos convidados Luiz Paulo, Albert Souza e Gilberto Hazan.

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