E A
VACINA NO BRASIL?
A esperança começou a
surgir, quando algumas empresas, após muitas pesquisas e testes, em uma
verdadeira luta contra o tempo, anunciaram vacinas eficazes. E com esses
anúncios, foi iniciada uma verdadeira corrida para compra das doses, visto que,
diversos países necessitam com urgência frear o quantitativo de óbitos que tem
ocorrido, assim como diminuir os internamentos em Unidades de Terapia
Intensiva.
Enquanto o Reino Unido
anunciou para próxima semana a vacinação em massa da população, no Brasil não
existe um calendário oficial para a imunização. Os Estados Unidos compraram um
sexto das doses disponíveis e o Canadá adquiriu uma média de nove doses por
habitante. Os países mais ricos largaram na frente, comprando mais da metade
das vacinas contra Covid-19, reforçando que a desigualdade de recursos é uma realidade
global.
O que traz indignação é o
fato de que, o nosso país não agiu em tempo hábil e o pouco que temos de
previsão é para uma possível vacinação iniciada em Março de 2021, dividida em
quatro etapas, e que não contemplará toda a população. Além de, ainda está em
negociação sobre qual vacina será utilizada. De um lado, o Governo Federal
relata que a vacina da Pfizer/BioNTech, que é a que será utilizada nos países
de primeiro mundo, não teria condições de ser utilizada no Brasil, devido as
condições de armazenamento. O Brasil não teria estrutura para armazenar vacinas
a -75°C, pois nossa rede de frios, nas
34 mil salas, é montada e estabelecida com aproximadamente 2° C a 8° C. Por
outro lado, a Pfizer alega ter desenvolvido uma embalagem inovadora em caixas
nas quais o armazenamento da vacina a -75 °C pode se dar por 15 dias, em gelo
seco.
A companhia ainda argumenta
que sua vacina, cujos resultados já foram enviados para análise da Anvisa, a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, pode ficar num refrigerador comum por
até cinco dias. A empresa também afirma que alguns países que tem condições
semelhantes ao do Brasil, como Chile, Peru, México... já assinaram acordo e
deverão iniciar a vacinação em Janeiro de 2021.
O que vemos claramente é a
falta de planejamento do Brasil para se precaver. Enquanto isso, várias nações
já garantiram suas compras, inclusive de empresas diferentes para assegurar
que, se um dos imunizantes não correspondessem, outro iria está garantido. O
cenário ainda é muito incerto no Brasil, e se encontra em negociações.
Desejamos muito que estas ocorram da melhor forma e a vida dos brasileiros
sejam prioridade!
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