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sábado, 9 de janeiro de 2021

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ

 


PROJETO GEMINI

 


EM 1895 França, no Salão Grande Café de Paris, uma plateia assustada saia correndo do local ao presenciarem a primeira exibição pública do cinema, através de uma máquina chamada CINEMATÓGRAFO, dos irmãos Louis e August Lumieré. O primeiro passo da fábrica de sonhos estava dado, surgindo assim, o cinema. Como inventores e fotógrafos, os irmãos perceberam que que ao repetir várias fotos em uma sequência cadenciada, causava aos nossos olhos, a ilusão de movimento. Foi o suficiente para dar o start na ideia da imagem em movimento.

A ilusão de movimento na tela, acontece porque a filmagem é feita em 24 FPS (24 FRAMES POR SEGUNDO) possibilitando a sensação no olho humano, de movimento das imagens. Passados alguns anos, a tecnologia avança e temos grandes produções cinematográficas causando uma verdadeira revolução na indústria do cinema. Jame Cameron causou furor ao inovar a tecnologia 3D com as imagens do seu filme “AVATAR”; Spielberg ressuscita magistralmente os dinossauros, em seu “PARQUE DOS DINOSSAUROS”; “O HOBBIT”, de Peter Jackson, causa uma revolução, ao apresentar uma produção feita em 48 FPS. E veio a pergunta? Até onde o cinema pode ir? Existe mais avanço tecnológico neste sentido? Quando se pensava que nada mais poderia surpreender, temos então em 2019, a chegada de “PROJETO GEMINI”.

Era necessário fazermos essa introdução com intuito de esclarecermos um pouco da tecnologia mostrada no filme. Filmado em 120 frames por segundo, com resolução 4k e câmeras especiais em 3D, algo nunca feito antes na história do cinema, para se aproveitar visualmente toda tecnologia existente no filme, se fez necessário salas especiais para a exibição. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 14 salas puderam exibir com 100% de resolução essa produção dirigida pelo chinês Ang Lee (“HULK”, “AS AVENTURAS DE PI”). No Brasil, o longa foi projetado em 60 FPS. Algo surreal nos tempos de hoje.

Mas afinal, o filme é bom? A história conta que Henry Brogan (Will Smith) é o melhor assassino profissional do mundo, com uma taxa de sucesso maior do que de qualquer outro, mas, quando decide se aposentar, acaba se tornando um alvo da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos, para quem trabalhava anteriormente. Enquanto luta para se manter vivo, ele se depara com um clone de si mesmo e descobre que as ações do governo americano são para esconder um grande segredo, que só Brogan, com toda sua experiência, é capaz de desmascarar. Como vemos, os velhos clichês estão aqui, desta feita contando com Will Smith fazendo papel duplo, onde um deles é a sua versão mais jovem, estilo “UM MALUCO NO PEDAÇO”.

A captura de movimentos é bem feita, não vi nenhum problema nisso. Mas o roteiro, é intragável, principalmente quando envolve questões paternas, DNA alterado, explicações desnecessárias, dramas muito mal desenvolvidos. Will Smith não acrescenta em nada nas duas performances, sem um pingo de sensibilidade, sem exigir muito de sua interpretação dramática. Suas motivações são literalmente forçadas, levando o ator a não se esforçar neste quesito. Muito longe do personagem vivido por ele em “A PROCURA DA FELICIDADE”. Claro, estamos falando de um filme de ação, mas então, por que insistir num drama totalmente furado na narrativa? Nem mesmo o Clive Owen consegue convencer como vilão. Uma porta tem mais interpretação do que sua atuação nesse filme.

A atriz Mary Elizabeth Winstead faz uma personagem totalmente fora do contexto, numa outra interpretação preguiçosa, lenta, pobre. Nos causa a sensação de que ela está apenas lendo o texto que lhe foi entregue. Nem mesmo o ator chinês Benedict Wong, que fez o Mago Auxiliar do Dr. Estranho no filme, está a vontade com seu personagem. Não convence em nada sua atuação como grande amigo do personagem de Smith. Péssimo, mesmo. Para não dizer que não há um personagem pelo menos “agradável”, vivido pelo ator Douglas Hodge, mas que também desaparece do filme, momentos depois. Claro, já era esperando diante do que acontece entre ele e Smith.

“PROJETO GEMINI” não é um filme de ação como deveria. Sua trama é chata, cansativa, longa. Com atuações péssimas e um roteiro extremamente previsível. Sem esquecer, há uma revelação no final do filme que só piora o que já estava ruim. E sem sentido algum. Outra questão importante, é preciso ser destacada,  como falei da tecnologia do filme, pois essa sim, chama a atenção, a resolução deste filme está muito boa, servindo como atrativo para se conhecer essa nova revolução da Sétima Arte. Mas se você quer ver um filme de ação com Will Smith, passe longe desse.



Programa Clube do Filme

No programa Clube do Filme deste sábado, 09 de janeiro de 2021, segundo programa do ano, às 13h pela Rádio Cultura do Nordeste 96,5 FM/1130 AM, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz , abordará o tema “O DIREITO DE MUDAR”, baseado no filme “A GAROTA DINAMARQUESA”.

Nos estúdios da Rádio, participação de Karynny Oliveira (Doutoranda em Educação e Educadora Feminista), Stephane Fechine da Silva (Fundadora da Associação de Travesti e Transexuais de Caruaru – ATRACA – ) e Jeniffer Mendonça (Psicóloga).

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