MISSÃO: IMPOSSÍVEL-EFEITO
FALLOUT
Sexto filme da franquia
elevou o padrão de qualidade de seus anteriores.
Cinco filmes depois e 22
anos após a produção do primeiro, em 2018 fomos agraciados com a
sexta parte desta franquia com Missão Impossível-Efeito Fallout. Nele, vemos
que obrigado a unir forças com o agente especial da CIA August Walker (Henry
Cavill) para mais uma missão impossível, Ethan Hunt (Tom Cruise) se vê
novamente cara a cara com Solomon Lane (Sean Harris) e preso numa teia que
envolve velhos conhecidos movidos por interesses misteriosos e contatos de
moral duvidosa. Atormentado por decisões do passado que retorna para
assombrá-lo, Hunt precisa se resolver com seus sentimentos e impedir que uma
catastrófica explosão ocorra, na qual conta com a ajuda dos amigos de IMF.
Cinco diferentes diretores estiveram a frente desta franquia e cada um deu o melhor de si, até chegarmos ao resultado mais satisfatório de toda trajetória desses filmes. Não que os anteriores tivessem sido um fracasso, muito pelo contrário, até porque bilheteria e crítica receberam muito bem todos os outros. Cada produção tinha uma pegada diferenciada, sem perder o ritmo frenético e alucinante que filmes deste porte exigem, mas ainda não era suficiente e Tom Cruise sempre queria mais. Ele esteve envolvido em todas as produções, quer seja no roteiro, quer seja na Produção Executiva dando sua opinião, modificando cenas e acrescentando mais riscos para seu personagem.
Em 2015, Missão Impossível
5-Nação Secreta eleva a franquia ao seu ponto máximo em qualidade, enredo,
produção, roteiro e locações externas, trazendo e mantendo todo o elenco
central da trama bem equilibrados numa história de tirar o fôlego além de
introduzir novos personagens numa mistura de muita ação, humor e cenas
arriscadíssimas para o astro principal. Tudo isso se deu graças a mão certeira
do Diretor Christopher McQuarrie que traz em seu currículo filmes como Os
Suspeitos (1995 onde ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original e Melhor Ator
Coadjuvante), Jack-O Caçador de Gigantes (2013) e Operação Valkíria
(2008). Vale lembrar que nestes filmes citados, ele atuou como
roteirista, mas teve sua estreia como diretor no filme A Sangue Frio (2000).
Diretor que já havia trabalhado com Tom Cruise em filmes como Jack Reacher
(2012) e Missão Impossível: Nação Secreta (2015).
Agora, novamente no comando da direção de mais um filme da franquia (fato inédito na trajetória desta produção) Christopher McQuarrie tem a missão de provar que pode fazer mais e melhor. Nesta sexta parte, McQuarrie eleva ainda mais o nível do filme e quando a gente pensava ser impossível fazer algo novo, o diretor nos proporciona um deleite visual incrível com cenas fantásticas em um roteiro bem enxuto onde o principal objetivo é dar ao espectador um emaranhado de situações aparentemente soltas sem conexão, as quais vão se encaixando aos poucos, de maneira coerente com soluções plausíveis. Christopher McQuarrie fez um filme redondo muito bem dirigido onde ele soube aproveitar todos os atores em cena, dando-lhes o devido destaque necessário sem jamais aparentar algo forçado ou desnecessário.
O astro Tom Cruise novamente
se arrisca nas cenas de perigo e isso teve uma consequência, pois ao saltar de
um prédio para outro, sofre uma pancada que quebra seu tornozelo forçando-o
suspender as gravações por 5 meses até se recuperar totalmente e dar
continuidade a sequência da ação onde ele havia sofrido o acidente. O corte e a
edição desta cena é tão bem feito que sequer vemos isso na edição. E mais uma
vez, Tom Cruise não perde o fôlego, provando estar no auge de sua melhor forma
no alto dos seus 50 e poucos anos de idade, tamanha velocidade que ele impõe ao
personagem nas cenas de perseguição a pé. Muito louco e ousado, nos leva a
loucura com sua performance.
Ao trazer outros personagens do filme anterior, o diretor faz a união direta com as ações ocorridas na trama passada resgatando o vilão de forma magistral e quando introduziu novos personagens, o faz de forma lógica e convincente, exibindo no roteiro que havia necessidades e motivos suficientes para o espectador entendesse o porque deles estarem presentes no filme. Embora suas participações não seja muito explorada, o tempo de tela deles foi bem aproveitado, mostrando que McQuarrie sabe como ninguém, trabalhar em equipe e prova essa capacidade ao explorar todos os atores em seus momentos, seja individualmente ou em conjunto, manteve o equilíbrio das participações de todos em perfeita harmonia numa química pouco vista em filmes deste porte. Outra grande característica do diretor é como ele filma as cenas de ação. Suas tomadas são sempre limpas, abertas, com planos-sequências impressionantes nos levando a acompanhar todos os detalhes da ação em questão. O trabalho é tão bem feito que nos provoca a sensação que estamos sendo transportados para dentro da ação. Que venha a Parte 7, pois enquanto tivermos Tom Cruise encabeçando esse elenco fantástico nós agradecemos por nos possibilitar toda essa adrenalina neste filme que mais vez nos traz espionagem, investigação, explosões gigantescas, trama fantástica, humor descontraído, acrobacias absurdas e uma jornada com causas e consequências. Ousada em tudo, esta produção atinge as expectativas do público desde a mais simples perseguição até o ato final.
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Agora o Clube do Filme pela
Rádio Cultura do Nordeste 96,5 FM/1130 AM, apresentado por Edson Santos e Mary
Queiroz, está com uma nova proposta, tocando “SUA TRILHA PREFERIDA”! Com o
intuito de levar mais música e mais interatividade dos ouvintes e internautas,
o programa oferece espaço para atender seu pedido musical do seu filme favorito.
Para isto, basta ligar pelos números (81) 3722-1130/3723-1130, ou pelo Whatsapp
da Emissora (81) 9.8109-1130.
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