Novos rumos para a Segurança Pública em
Pernambuco
Em meio à onda de manifestações que ocorreu em todo o Brasil no dia 29 de maio, a movimentação no Recife vem gerando muitas reflexões e controvérsias. Mesmo estando em um momento de pandemia, manifestantes foram à rua para expressar seus posicionamentos políticos e ideológicos. Vale lembrar que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) havia expedido a Recomendação, referente ao Processo Administrativo nº 02061.000.268/2020, para a não realização de quaisquer atos que pudessem gerar aglomeração, em virtude das medidas restritivas instituídas pelo Governo do Estado através dos decretos 50.561, de 23 de abril de 2021, e 50.754, de 24 de maio de 2021.
Contrariando a recomendação do MPPE, o protesto aconteceu, marcado por tensão e provocações. Os profissionais de Segurança Pública reagiram com veemência. Pessoas ficaram feridas, algumas das quais não estavam participando do ato. No mesmo dia, o Governo afastou o comandante da operação e policiais envolvidos.
As repercussões do fato estão implicando em mudanças na forma de direcionar a Segurança em Pernambuco. No último dia 04, o coronel José Roberto Santana substituiu o coronel Vanildo Maranhão, que pediu exoneração do comando da Polícia Militar em Pernambuco. Na mesma data, o secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, deixou o cargo, que foi assumido pelo então secretário executivo, Humberto Freire. Reconhecemos e destacamos o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, ao mesmo tempo que também percebemos que novos rumos podem ser adotados.
Neste contexto de transformações, entendemos que as principais cadeiras da Segurança em Pernambuco devem ser assumidas por profissionais pertencentes ao estado. Além do caráter técnico, tais profissionais compreendem e vivenciam a realidade estadual. Está na hora de um delegado e um coronel ocuparem os cargos de chefe da Secretaria de Defesa Social e chefe adjunto, ressaltando o objetivo da segurança da sociedade e do cidadão.
