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sábado, 10 de julho de 2021

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ

 


VENOM


Apresentado no cinema em 2007 no filme Homem-Aranha 3, o personagem ganhou um bom destaque e deixou os fãs na espera de um longa que pudesse trazer sua origem detalhadamente assim como acontece no universo dos quadrinhos. Eis que em 2018, o público e os apaixonados pelo anti-herói puderam conferir uma das adaptações mais esperadas ao longo destes anos. Seu resultado certamente não foi o esperado e nem ao menos conseguiu exibir algo que o diferenciasse de outras produções, além de desperdiçar a grande oportunidade que Venom  tinha para nos impactar com sua trajetória.

No filme, vemos que em San Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido. Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth (Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.

Certamente tudo que desagrada  está presente na trama, que além de rasa é extremamente limitada e conta com problemas claros de construção da narrativa, seja no roteiro, seja na montagem. Há a clara impressão de que foi uma obra remontada, com visões conflitantes trabalhando numa só produção.  O longa é uma bagunça total. As apresentações são jogadas de forma pouco naturais e o vilão quando surge é pouco impactante, sobretudo por  seu lado inescrupuloso, como também o do cientista arrogante, ser totalmente genérico.  A  exploração  dos simbiontes e o processo de simbiose, é pouco desenvolvido e em muitos momentos chega a ser descartável pela falta de criatividade como foi mostrado quando os hospedeiros reagiam ao contato com os simbiontes.  Sem falar que todos os personagens secundários foram utilizados  convenientemente nos momentos  que servia  somente para antecipar   as ações futuras para depois os esquecer ou excluí-los da trama.

A  presença de Tom Hardy é um destaque, mas por outro lado, oferece  momentos revoltantes, sobretudo porque todos os seus diálogos estão recheados de piadas sem graça que o limita a transmitir todo conflito vivido por seu personagem quando está  servindo de hospedeiro para  o suposto parasita.  Já a Michelle Williams se encontra impossibilitada de nos entregar uma boa performance, já que suas interações funcionam apenas como pontes para as ações que estão por vir. Nem divertida ela consegue ser, por mais que se esforce.

Falando das tão esperadas cenas de ação, é importante ressaltar que não vemos nenhuma evolução, até mesmo nas que os poderes do Venom são mostrados. Embora sua força, resistência, agilidade e reflexos sejam exibidos, deixa a desejar  porque  optaram explorar tudo isso em confrontos onde os  ambientes estavam sempre  escuros e com pouca iluminação. Pra um filme que se propunha entregar boas brigas, só conseguiu mostrar na cena mais importante uma grande confusão visual no final. Venom é enfadonho, previsível e uma das piores adaptações das HQs para as telonas.

PROGRAMA CLUBE DO FILME

 


Agora o Clube do Filme pela Rádio Cultura do Nordeste 96,5 FM/1130 AM, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz, está com uma nova proposta, tocando “SUA TRILHA PREFERIDA”! Com o intuito de levar mais música e mais interatividade dos ouvintes e internautas, o programa oferece espaço para atender seu pedido musical do seu filme favorito. Para isto, basta ligar pelos números (81) 3722-1130/3723-1130, ou pelo Whatsapp da Emissora (81) 9.8109-1130.

Acompanhe pelo SITE:

www.radioculturadonordeste.com.br