VENOM
Apresentado no cinema em
2007 no filme Homem-Aranha 3, o personagem ganhou um bom destaque e deixou os
fãs na espera de um longa que pudesse trazer sua origem detalhadamente assim
como acontece no universo dos quadrinhos. Eis que em 2018, o público e os apaixonados
pelo anti-herói puderam conferir uma das adaptações mais esperadas ao longo
destes anos. Seu resultado certamente não foi o esperado e nem ao menos
conseguiu exibir algo que o diferenciasse de outras produções, além de
desperdiçar a grande oportunidade que Venom tinha para nos impactar com
sua trajetória.
No filme, vemos que em San
Francisco, Estados Unidos. Eddie Brock (Tom Hardy) é um jornalista
investigativo, que tem um quadro próprio em uma emissora local. Um dia, ele é
escalado para entrevistar Carlton Drake (Riz Ahmed), o criador da Fundação
Vida, que tem investido bastante em missões espaciais de forma a encontrar
possíveis usos medicinais para a humanidade. Após acessar um documento sigiloso
enviado à sua namorada, a advogada Anne Weying (Michelle Williams), Brock
descobre que Drake tem feito experimentos científicos em humanos. Ele resolve
denunciar esta situação durante a entrevista, o que faz com que seja demitido.
Seis meses depois, o ainda desempregado Brock é procurado pela dra. Dora Skirth
(Jenny Slate) com uma denúncia: Drake estaria usando simbiontes alienígenas em
testes com humanos, muitos deles mortos como cobaias.
Certamente tudo que
desagrada está presente na trama, que além de rasa é extremamente
limitada e conta com problemas claros de construção da narrativa, seja no
roteiro, seja na montagem. Há a clara impressão de que foi uma obra remontada,
com visões conflitantes trabalhando numa só produção. O longa é uma
bagunça total. As apresentações são jogadas de forma pouco naturais e o vilão
quando surge é pouco impactante, sobretudo por seu lado inescrupuloso,
como também o do cientista arrogante, ser totalmente genérico. A
exploração dos simbiontes e o processo de simbiose, é pouco desenvolvido
e em muitos momentos chega a ser descartável pela falta de criatividade como
foi mostrado quando os hospedeiros reagiam ao contato com os simbiontes.
Sem falar que todos os personagens secundários foram utilizados
convenientemente nos momentos que servia somente para
antecipar as ações futuras para depois os esquecer ou excluí-los da
trama.
A presença de Tom
Hardy é um destaque, mas por outro lado, oferece momentos revoltantes,
sobretudo porque todos os seus diálogos estão recheados de piadas sem graça que
o limita a transmitir todo conflito vivido por seu personagem quando está
servindo de hospedeiro para o suposto parasita. Já a Michelle
Williams se encontra impossibilitada de nos entregar uma boa performance, já
que suas interações funcionam apenas como pontes para as ações que estão por
vir. Nem divertida ela consegue ser, por mais que se esforce.
Falando das tão esperadas
cenas de ação, é importante ressaltar que não vemos nenhuma evolução, até mesmo
nas que os poderes do Venom são mostrados. Embora sua força, resistência,
agilidade e reflexos sejam exibidos, deixa a desejar porque optaram
explorar tudo isso em confrontos onde os ambientes estavam sempre
escuros e com pouca iluminação. Pra um filme que se propunha entregar boas
brigas, só conseguiu mostrar na cena mais importante uma grande confusão visual
no final. Venom é enfadonho, previsível e uma das piores adaptações das HQs
para as telonas.
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