A Polícia Federal deflagrou
ontem, 14/12, a operação Bayerische, com objetivo de desarticular organização
criminosa destinada ao tráfico interestadual de drogas e lavagem de capitais.
Estão sendo cumpridos 57 mandados, sendo 27 de busca e apreensão e 30 de
prisão, além da medida de sequestro e indisponibilidade de bens obtidos a
partir de dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
Para o cumprimento da operação
nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rondônia e Acre, a
ação conta com a participação de 110 policiais federais, além do apoio da Força
Tarefa de Segurança Pública da Paraíba.
Em relação ao tráfico de drogas,
foi possível identificar um extenso grupo criminoso que atuava no fornecimento
de grandes quantidades de maconha (skunk) e cocaína para outros traficantes de
drogas, principalmente na distribuição de drogas na grande João Pessoa/PB,
Guarabira, Natal e outros municípios.
No decorrer das apurações, a
Polícia Federal descobriu que o grupo criminoso lavava dinheiro adquirindo
diversos imóveis de luxo, além de veículos. As contas bancárias utilizadas no
esquema e o patrimônio identificados foram bloqueados por determinação
judicial. Os investigados responderão pelos crimes previstos no art.33, caput,
e 35, ambos da Lei de Drogas e art. 1º da Lei de Lavagem de Capitais, cujas
penas máximas somadas ultrapassam 20 anos de reclusão. Coletiva será dada as
10:00 na Sede da Polícia Federal.
Em Pernambuco dentro da
operação Bayerische foi dado cumprimento a 01 (um) Mandado de Busca e Apreensão
num endereço residencial que fica localizado em Jaboatão dos Guararapes/PE. As
buscas resultaram infrutíferas e não houve apreensão de nada que pudesse
contribuir com a investigação.
A operação foi desarticulada
depois de três apreensões de drogas que chamaram a atenção para uma rede mais
complexa e organizada. Nessas operações, foram mais de 600kg de skunk e 160kg
de cocaína apreendidos. A partir daí foram iniciadas as investigações que
culminaram da operação.
A ação visou interromper a
comunicação existente entre um dos líderes da quadrilha, que se encontra preso
no Presídio Sílvio Porto, em Mangabeira, com criminosos que seguiam em
liberdade dando continuidade às ações ilegais. Na cela do líder da quadrilha
foram encontrados diversos telefones celulares, que serviam também para acionar
a rede de criminosos fora do presídio.
Uma das pessoas presas é
advogada de João Pessoa, que seria a pessoa responsável por transmitir ordens
de dentro do presídio, repassadas pelo chefe da quadrilha, para as pessoas que
realizariam os crimes. Foram apreendidos veículos, bloqueadas contas bancárias,
decretada a indisponibilidade de imóveis adquirido com o dinheiro do tráfico.