Um boletim de ocorrência foi registrado no último dia 11 de setembro em Lajedo com a denúncia de um aborto doloso e consumado, envolvendo o prefeito da cidade, Erivaldo Chagas
Um boletim de ocorrência foi
registrado no último dia 11 de setembro, na Delegacia de Polícia da 138ª Circunscrição
de Lajedo, no Agreste, denunciando um possível caso de aborto doloso e
consumado e também ameaça de morte. A denúncia foi feita pelo candidato a
vereador no município Carlos Alexandre Alves e envolve o atual prefeito e
candidato à reeleição na cidade, Erivaldo Chagas (Republicanos).
De acordo com Carlos Alexandre
– e também registrado no boletim de ocorrência –, o suposto caso de aborto se
deu no dia 13 de fevereiro deste ano e foi repassado a ele por uma moça,
identificada como Danielly Silva, amiga da mulher que estava sendo submetida ao
procedimento.
Carlos Alexandre, no dia do
ocorrido, foi surpreendido por uma mensagem dessa moça, via Instagram (mensagem
direta), pedindo ajuda, quando começaram a conversar.
Ela, segundo Alexandre, disse
estar com medo de ser morta e contou que a amiga corria risco por conta de uma
intoxicação que contraíra durante o procedimento. Alexandre afirma que tem como
provas fotos do aborto e do prefeito no local acompanhado de um policial, além
dos prints das conversas com a moça, material que já está com a polícia.
“Ela começou me relatando que
estava com uma amiga, em um local onde constava – inclusive ela mandou foto – o
prefeito da cidade com um segurança policial, e que nesse local estava sendo
feito um aborto, onde ela passa a cena do aborto para mim”, contou ele. Algum
tempo depois do ocorrido, contou Alexandre, ele tentou entrar em contato de
novo com a moça.
“Ela me relatou o seguinte:
‘Está tudo resolvido. Não quero falar mais nisso, não, que eu posso morrer. Eu
e minha amiga’. Aí não tive mais contato”, acrescentou.
Depois disso, Carlos Alexandre
perdeu o contato com a suposta testemunha. Foi aí que o candidato a vereador
resolveu procurar a polícia.
“Pedi que investigassem isso,
que era uma coisa muito grave. Aí foram pedidas as provas, e as provas foram
mandadas”, afirmou. De acordo com Alexandre, os próximos passos é o delegado
investigar para localizar a provável testemunha do suposto aborto.
“Eu tentei entrar em contato
com essa pessoa (a moça), mas a gente não conseguiu mais, até preocupante
(porque) a gente não sabe o que aconteceu, se essa menina está realmente aqui
na cidade, a gente precisa saber por que ela sumiu”, disse.
A reportagem da Folha de
Pernambuco ligou para a Delegacia de Lajedo. O agente que atendeu a ligação
disse que mais informações sobre o caso podem ser obtidas a partir da manhã de
hoje, com o delegado.
A Secretaria de Defesa Social
(SDS) também foi procurada, via e-mail, mas até o fechamento desta matéria não
obteve resposta.
Fonte: Folha de Pernambuco