O paraíso manchado de óleo
A Marinha confirmou: as
manchas de óleo que têm aparecido no cenário das praias do Nordeste desde o
final de agosto agora estão concentradas em Pernambuco. Autoridades e a
população em geral estão preocupadas com a situação. Da quinta-feira (17) até o
domingo (20), mais de 50 toneladas de óleo foram retiradas das praias de
Pernambuco.
Desde que apareceram, em
agosto, as manchas atingiram 201 localidades de 74 municípios do Nordeste. A
origem das manchas é de difícil identificação. O almirante Alexandre Rabello de
Faria, chefe do Estado Maior do Comando das Operações Navais, comparou o
fenômeno a uma “bala perdida que se projetou em toda a costa”. “Temos a
evidência, mas estamos procurando a arma e quem usou. A dificuldade é muito
grande”, reconheceu.
Se identificar a origem não
é fácil, mensurar os impactos ambientais do óleo ainda também é uma árdua
tarefa. Especialistas apontam que os transtornos podem demorar décadas para
serem contornados. O que sabemos é que a substância é prejudicial para animais
e pessoas.
Até agora, os dados oficiais
mostram que o setor de turismo está operando normalmente. Em Pernambuco, a
Secretaria de Lazer e Turismo informou que resorts, pousadas e agências de
turismo não sentiram impactos negativos e seguem o ritmo esperado para o
momento. Porém, medidas devem ser tomadas de forma clara, para tranquilizar
turistas e moradores, tendo em vista a aproximação da alta temporada. Sem
distinção de esfera de poder ou de matiz ideológica, é essencial que todos deem
as mãos na busca por soluções.
