Capitã Marvel
Leve e divertido, mas capaz
de explicar a origem da heroína de forma bastante prática e que funciona muito
bem dentro do Universo Cinematográfico da Marvel.
Capitã Marvel, sem dúvida foi um dos filmes mais aguardados, não por se tratar de mais uma produção da Marvel Studios, ou ser mais um filme de super herói, e sim porque veio nos apresentar a jornada da personagem Carol Danvers até o momento que ela ganha super poderes e se transforma na Capitã Marvel, ganhando a importante missão de conduzir de agora em diante, os principais acontecimentos deste universo já propriamente estabelecido. Tudo em volta da Capitã Marvel, interpretada por Brie Larson, promete uma nova fase da Marvel, isso porque a personagem foi descrita sempre como a heroína mais poderosa e com direito ao seu primeiro filme solo se passando praticamente mais de 20 anos atrás, sem contar a cena pós crédito de Vingadores: Guerra Infinita que tem relação direta com ela. Sua relevância é tão grande que nos faz pensar nas coisas que a gente assistiu na primeira, segunda e terceira fase dos filmes, onde cada dia mais, novos personagens vem surgindo e se moldando aos acontecimentos das futuras produções. Impossível não pensar que seria incrível ter mais uns vinte filmes ou mais ao longo da próxima década. Certamente que a Marvel Studios, vai continuar nos surpreendendo cada vez mais com grandes histórias, passadas sempre em lugares inesperados, brincando com gêneros novos e sempre buscando introduzir personagens onde pessoas que não conhecem as HQs, começam a ter ciência deles através do cinema. Assim aconteceu com Guardiões da Galáxia, que quando chegou as telonas, foi difícil não se apaixonar.
O filme passa apresentar
primeiro a personagem, uma soldado Kree e engajada em algumas batalhas.
Envolvida com conflitos internos, eles tem importante missão na
trama, de levantar bons questionamentos e a conduzir pra descobertas
sobre sua personalidade e sobre quem ela foi ou é de fato. A emocão passada
quando vemos que Carol Danvers, piloto da Força Aérea, se transformar na Capitã
Marvel é simplesmente fantástica, isso porque o filme vai entregando os
detalhes mais geniais utilizando boas doses de flashbacks,
inteligentemente encaixados na narrativa, deixando tudo super fácil de
entender. Também, paralelo a jornada da Capitã, foi trabalhado, fatos da vida
de outros personagens, como o de Nick Fury (Samuel L. Jackson), desenvolvido
com mais leveza, já que a história se passa nos anos 90. Ele é quem conduz a
protagonista na busca de suas respostas, respeitando as diferenças e o espaço
que ela tanto necessitava pra se encontrar e se descobrir. É ele, junto a ela,
o responsável pelos melhores momentos que o filme tem, as piadas vindo de seu
personagem fazem sentido e casam brilhantemente nos diálogos, além de
impulsionar a trama pra outros momentos espetaculares. De fato, gosto de pensar
que Samuel L. Jackson nasceu pra ser Nick Fury e que sua singularidade é notada
e apreciada em cada cena. Aqui tanto ele, como o agente Coulson (Clark Gregg),
estão rejuvenescidos através dos efeitos especiais e isso colabora pra que a
gente entenda como e o que os fez personagens tão marcantes e importantes.
Alguns acontecimentos narrados anteriormente, como a perda de seu olho, são
exibidos da maneira jamais esperada pelo público, mas que é bem vinda, aceita e
super bem amarrada na história, assim como a ideia da iniciativa vingadores.
Anna Boden e Ryan Fleck são
os diretores que conduzem a adaptação da heroína das páginas das HQs para as
telonas e tudo no filme faz e a consagra como o simbolo que a Marvel ousou
construir. Sua representatividade vai marcar a era onde muitas mulheres irão
buscar a ter acesso aos conteúdos das HQs e também sobre filmes que retratam a
figura feminina como ela merece, além de se inspirar na Capitã Marvel pra
vencer batalhas do cotidiano e dizer não ao preconceito que ainda se faz
presente no mundo atual, mundo este que foi construído sobre ideias
machistas, colocando a participação feminina sempre para baixo e como
algo irrelevante . Neste quesito, a direção fez um importante trabalho, pois a
atriz transmite força e garra quando incorpora a personagem Carol Danvers, a
mulher humana, a menina, a amiga e a profissional engajada na luta por seu
reconhecimento e aceitação numa função que os espaços eram abertos somente para
os homens, restando ao sexo feminino desistir ou lutar pela oportunidade pra
mostrar pra si própria suas competências. Uma das coisas que incomodou um pouco
na atuação dela, foi somente nos momentos de humor, são neles que a atriz
deixou a desejar e muitos deles, não ficaram naturais, mas quando o assunto era
o drama e luta, ela deu um show. A ambientação também merece destaque, apesar
das poucas cenas de lutas e batalhas terem sido executadas muito parecidas umas
com as outras. Embora isso não comprometa a experiência, porém teria sido
prazeroso ver a poderosa Capitã Marvel em ação sem tantos cortes, demonstrando
suas inúmeras habilidades, principalmente quando tinha cenas em que as lutas
são corporais.
O filme conta com aqueles
momentos que fazem o público vibrar, como as cenas onde a gata Goose
aparece e mais duas, uma quando a Capitã recebe seus poderes e
outra quando ela mostra o quanto é poderosa, aqui e também em
Vingadores:Ultimato, onde a mesma retorna. Mas também teve aquele
momento decepcionante, e é justamente no mais esperado, pra quem curte ver como
o herói, no caso, a heroína, iria vestir o uniforme da Capitã Marvel com as
cores da bandeira norte-americana. A forma como foi feita ficou tão sem graça,
que chega a frustrar. Para quem esperava algo grandioso, vai ter que se
contentar com uma forma simples e prática, nada envolvente.
Os méritos de Capitã Marvel
se dá quando mostra que a personagem tinha bastante força e coragem, mesmo
antes de adquirir super poderes e que a confiança e o poder maior vem sempre do
interior de cada ser. Também exibe a necessidade de estar bem e segura consigo
própria e suas emoções, para se encontrar e saber seu propósito e lugar no
mundo. No mais, é um filme grandioso, leve e descontraído, que não tenta ser
mais do que é, ou seja um filme de apresentação da heroína, de
maneira bastante prática e que vai funcionar muito bem dentro do
Universo Cinematográfico da Marvel.
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Neste sábado, 13h, na Rádio
Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME. Comandado por
Edson Santos e Mary Queiroz.
Com o início do mês de
setembro, também se inicia a campanha SETEMBRO AMARELO, que tem como objetivo o
combate ao suicídio e mais uma vez, o programa abre espaço para debater esse
tema através do filme: "Despedida em Las Vegas". Nos estúdios da
Rádio Cultura, teremos a presença de Eryka Albuquerque - Psicanalista, e Ariane
Menezes - Psicóloga.
Acompanhe pelas nossas Redes
Sociais:
www.radioculturadonordeste.com.br
Rádio Cultura do Nordeste
Ouça pelo site:
HYPERLINK "http://www.radioculturadonordeste.com.br"
www.radioculturadonordeste.com.br.
Acompanhe ao vivo pela LIVE do Facebook: HYPERLINK "ht…