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sábado, 3 de abril de 2021

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ

 


CAPÍTULO 2

 Um maravilhoso terror de 2019.

 


Em 1981 era lançado o livro It: A Coisa. Considerado uma das maiores obras na carreira do renomado autor Stephen King, a publicação até ganhou uma minissérie na década de 90. Anos depois a Warner interessada, resolve adaptar o título para o cinema, e foi em 2017, que pude assistir o filme, It: A Coisa, uma das produções que se  destacava, tamanho era a quantidade de elogios da crítica e também do público. Confesso que o primeiro filme, não me agradou, embora em suas primeiras cenas, tivesse despertado meu interesse sobre a criatura Pennywise e suas aparições a cada 27 anos pra comer crianças na cidade de Derry, mas se tratando de um terror, eu queria mais sangue, mais morte, mais agonia para os personagens. Ver o final da história sobre o embate do Clube dos Otários contra Pennywise, foi como ter o que queria, e It: Capítulo 2, dirigido também pelo Andy Muschietti chegou aos cinemas em 2019, entregando tudo que se era esperado.

Continuação aterrorizante, trouxe os integrantes do Clube dos Otários adultos numa sequencia direta dos acontecimentos de 1989. Passado 27 anos, o Clube dos Otários, se reúne após Mike (Isaiah Mustafa) percebe que o palhaço Pennywise (Bill Skarsgard) está de volta. Ele convoca os antigos amigos para honrar a promessa de infância e acabar com o inimigo de uma vez por todas. Mas quando Bill (James McAvoy), Beverly (Jessica Chastain), Ritchie (Bill Hader), Ben (Jack Ryan) e Eddie (James Ransone) retornam às suas origens, eles precisam enfrentar bem mais que o palhaço sedento por sangue, precisam enfrentar traumas e superar perdas. É nesta nova jornada que o grupo vai saber o significado da palavra força e coragem pra lidar com tudo que está por vir.

O filme já me conquistou na primeira cena, onde exibe um caso de intolerância e homofobia, chamando a atenção pelo brilhante realismo com que foi executada, além de nos levar a reflexão que estamos sim, rodeados diariamente de horrores e monstros, disfarçados, pregando condutas repressivas e fatais. Depois usa esta mesma vítima e a conduz até o Pennywise, palhaço apresentado já causando estrago. A partir deste ponto, deixa claro qual será o tom do filme. Tensão, suspense, terror, drama e sangue, bem mais sangue.

O roteiro é simples, começa explicando porque a cada 27 anos Pennywise revisita a cidade de Derry, usando o personagem Mike Hanlon, o único que ficou no local investigando tudo. Ele além de ser o responsável por convocar o retorno do grupo, ganha bem mais destaque que no primeiro filme. A trama, antes de adentrar no terror, faz algumas introduções necessárias sobre a vida de cada membro do Clube dos Otários, como e o que eles fazem agora adultos, chamando também a atenção sobre relacionamento abusivo e violência doméstica. Ao fazer isso, segue para o seu objetivo principal que é o terror, e isso ocorre de forma rápida, eficiente e certeira pelas mãos de Andy Muschietti. Ele demonstra total habilidade para conduzir as sequencias de cena, juntando na mesma cena, passado e presente dos personagens. São nestes momentos que o terror melhor acontece. Ele consegue brincar com a percepção do espectador, assim como faz com os personagens dentro filme, sobre o que é real ou que é imaginado. Fotografia, trilha sonora, maquiagem e efeitos, todos conectados, pra mostrar que Pennywise, pode sim mexer com imaginação e realidade de cada personagem. São também nestas cenas que o desenvolvimento do palhaço se completa, fazendo sentido dentro da proposta que é apresentada.

O elenco está bem representado, James McAvoy e Jessica Chastain, roubam a cena. A versão adulta deles ficou tão boa quanto a infantil. Realmente os dois são incríveis em cena. O outro destaque, vai pra Pennywise, nas quais Bill Skarsgård volta a nos presentear com uma performance incrível do palhaço. Contudo, por mais que a gente goste do elenco, tem sempre aquele ator que a gente não curte, e este destaque vai pra Bill Hader. Não curti a versão dele adulta, como também não curti a sua versão infantil com Finn Wolfhard, coincidentemente as piadinhas de ambos não funcionaram pra mim, pelo contrário, elas tomam muito tempo nos diálogos, ocupando o espaço que seria pra desenvolver a subtrama sugerida sutilmente e com indícios que também seria recheada de conflitos, assim como foi a dos outros personagens, mas continuaram fazendo do personagem Richie, apenas uma peça fundamental pra ser o tagarela e boca suja do Clube dos Otários.

It: Capítulo 2, apesar de ser um filme que não arrisca muito a explorar mais da trajetória de Pennywise e também do Clube do Otários, entrega um final satisfatório ao abusar de ambientes sombrios e muitas cenas aterrorizantes, nas quais reuniu sustos óbvios, mas também muitos inesperados. É sem dúvida uma produção bem pensada e que será sempre lembrada dentro do gênero terror.

 


PROGRAMA CLUBE DO FILME

O Programa Clube do Filme vai ao ar, ao vivo, todo sábado, às 13h pela Rádio Cultura do Nordeste 96,5 FM /AM 1130, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz. Acompanhe pelo YouTube no canal Rádio Cultura do Nordeste.