A Polícia
Federal em Pernambuco através da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros
apreendeu ontem, dia 15.09.2013 por volta das 14hs no Aeroporto Internacional dos
Guararapes – Gilberto Freyre um Helicóptero Esquilo no valor estimado de R$
2.000,000,00 (dois milhões) de reais.
A apreensão
se deu no momento em que o piloto e o proprietário da aeronave que vinham da
Paraíba com destino à Maceió/AL pararam para realizar o seu reabastecimento e ao
apresentar o plano de voo para seguir viagem foram impedidos de retornar em
virtude de funcionários da Sala de Tráfego Aéreo-AIS e INFRAERO constatarem que
havia um alerta de apreensão do helicóptero motivado por uma operação
desenvolvida pela Polícia Federal no estado de Alagoas. Policiais Federais de
Recife/PE foram acionados e compareceram até o local onde procederam a
apreensão da respectiva aeronave a qual permanecerá
no Hangar da SDS-Secretaria de Defesa Social, até seu transporte durante a
semana para o Aeroporto de Maceió/AL.
ENTENDA A OPERAÇÃO:
A Polícia Federal de Maceió/AL deflagrou
no dia 15.08.2013 com apoio da Receita Federal a “Operação Abdalônimo” visando
desarticular um esquema de lavagem
de dinheiro, sonegação fiscal e falsidade ideológica existente naquele
estado e que era liderado por um empresário, que se notabilizou pela sua
incrível evolução patrimonial. Na época foram cumpridos 4 mandados de prisão,
24 de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva por 70 (setenta) policiais
federais e outros 25 (vinte e cinco) servidores da Receita Federal.
A Receita Federal havia identificado
que tal empresário não havia declarado renda condizente com sua evolução
patrimonial. As investigações evoluíram por parte da PF e descobriu-se que o
suspeito se utilizava de subterfúgios criminosos, tais como a falsificação de documentos, criação de
empresas de faixada e a ocultação de bens, mediante a utilização de terceiras
pessoas, ou “laranjas”. A quadrilha também usava de ‘fraude de execução’,
um artifício usado para não pagar credores. Na prática é uma espécie de
decretação de falência. Depois de abrir a empresa o empresário era excluído do
quadro social para abertura de nova empresa e alegava que os bens da qual se
afastou não eram mais seus.
As investigações descobriram sonegação
de impostos em empresas de diversos ramos, como o de concessionárias de
veículos e de vestuário. Mais de 20 (vinte)
empresas participavam do esquema que envolvia 'laranjas' e membros de uma mesma
família. Eles tinham helicóptero, carros de luxo, avião e até fazendas
adquiridas a partir desse enriquecimento ilícito. A influência da riqueza do
empresário acusado de participar do esquema que teria movimentado cerca de R$
300 milhões, era tão grande que chegava a emprestar seu helicóptero para
políticos e desembargadores do estado. Nas últimas eleições, também apoiou a
candidatura de alguns políticos em Anadia, município onde seus pais nasceram.
(O nome
dado à operação, remete à antiga Macedônia, onde um homem pobre, que tinha este
nome, foi indicado por Alexandre, O Grande, para ser rei, passando abruptamente
da pobreza à riqueza)