A PROVA DA REDAÇÃO DO ENEM.
Levando
em consideração que quase 7 milhões de brasileiros e brasileiras prestaram o
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), ontem e no próximo domingo cumprirão a
segunda etapa desse importante instrumento de avaliação para ingresso em grande
parte das universidades públicas de nosso, abordaremos esse importante assunto,
na coluna de hoje.
Se
não bastasse a relevância do assunto, mais uma vez o ENEM (redação) foi parar
nos tribunais para regular uma questão relacionada a direitos humanos, já que o
poder judiciário entendeu, através do STF, numa decisão da ministra presidente
da corte suprema Carmem Lúcia, que não deve ser zerada a prova que atingir os
direitos humanos, após uma ação da Procuradora Geral da República (PGR) Raquel
Dodge, que solicitava exatamente o contrário.
O
tema da redação do ENEM desse ano foi: “Desafios para a formação educacional de
surdos no Brasil". A prova teve quatro textos motivadores diferentes. Um
deles incluiu dados sobre o número de alunos surdos na educação básica entre
2010 e 2016. Outro apresentou um trecho da Constituição Federal afirmando que
todos têm direito à educação. Um terceiro mostrou aos candidatos uma lei de
2002, que determinou que a Língua brasileira de sinais (Libras) se tornasse a segunda
língua oficial do Brasil, e por fim, um anúncio do Ministério Público do
Trabalho que abordou um quarto aspecto da questão: o fato de surdos seguirem
excluídos por causa do preconceito, mesmo que tenham a formação educacional
necessária para entrar no mercado de trabalho.
Entendemos
como muito válido o tema abordado já que entra numa discussão, que na maioria
das vezes é deixada de lado, que é a inclusão de pessoas com algum tipo de
deficiência seja física ou mental, no mercado de trabalho, onde tais indivíduos,
inclusive os mencionadas pelo exame, são tão competentes e hábeis no
desenvolvimento de suas capacidades e atribuições, quanto as outras pessoas,
que não possuem qualquer tipo de deficiência, principalmente pela concentração,
foco e quando uma pessoa possui algum tipo de deficiência, acaba por aguçar
ainda mais os outros sentidos, habilidades e competências para desenvolver as
tarefas.
Que
os professores fiquem atentos para instruir nossos alunos nesse tipo de
abordagem; que o MEC continue provocando nossa juventude a discorrer sobre
temas sociais, como o desse ano; e que os governantes se preocupem efetivamente
com o mercado de trabalho, para pessoas com algum tipo de deficiência.
Fica a reflexão. Esteja atento à próxima edição da
coluna Hora da Cidadania, que é divulgada todas as segundas-feiras. Você pode
dar sugestão de temas, fazer críticas e elogios através do e-mail:
ericklessa04@gmail.com.
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