
Na tarde do último sábado (15), uma operação realizada por policiais militares do 24º Batalhão de Polícia Militar terminou com a morte de um homem considerado de alta periculosidade no Loteamento Abigail Nunes, em Brejo da Madre de Deus, no Agreste pernambucano.
As equipes haviam recebido informações indicando que o indivíduo, alvo de um mandado de prisão em aberto e suspeito de envolvimento em diversos crimes na região, estaria escondido em uma residência do loteamento. Diante das denúncias, foi montada uma ação conjunta para localizar e prender o suspeito.
Ao chegarem ao local, os policiais foram recebidos a tiros. Segundo a PM, o homem reagiu à abordagem, efetuando disparos contra o efetivo, que precisou revidar. Ele foi atingido, chegou a receber socorro e foi encaminhado à Policlínica de São Domingos, mas não resistiu aos ferimentos.
Dentro da residência, foram apreendidas peças de motocicletas, uma motocicleta XRE com sinais de adulteração, dois revólveres calibre 38 sendo um com munições deflagradas e outro com munições intactas, além de uma porção de maconha e um celular de procedência duvidosa.
Nenhum policial ficou ferido durante a ação. Todo o material recolhido foi encaminhado para a Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe, onde o caso segue sendo investigado.

Um homem foi preso na tarde desta segunda-feira (17) durante uma operação do 15º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Frei Damião, em Belo Jardim, no Agreste de Pernambuco. A ação foi desencadeada após informações de que o suspeito estaria comercializando entorpecentes na comunidade.
No local informado, os policiais localizaram o indivíduo portando um revólver calibre .32, municiado com cinco munições. Durante buscas no terreno, com apoio do canil do 1º Batalhão Integrado Especializado (Biesp), foram encontrados enterrados 4,415 kg de cocaína, 5,125 kg de crack e 1 kg de maconha, além de três balanças de precisão e materiais utilizados para embalar e fracionar as drogas.
O suspeito foi detido e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Belo Jardim, onde foram adotadas as medidas cabíveis.

O silêncio pesado da noite de segunda-feira (17) contrastava com o som das toadas que ecoavam pelas ruas de São Bento do Una, no Agreste. Era o último desejo de uma mulher cheia de sonhos, interrompidos de forma cruel. Júlia Eduarda Andrade dos Santos, de apenas 26 anos, foi sepultada sob forte comoção, em um cortejo que transformou dor em homenagem.
Júlia saiu de casa no dia 5 com um objetivo simples e cheio de esperança: receber o dinheiro para fazer um ultrassom do bebê que carregava há quatro meses. Em vez disso, encontrou a própria morte. Ela foi assassinada a marteladas por Aguinaldo Nunes Soares, de 43 anos, que confessou o crime e segue preso preventivamente. O corpo da jovem foi encontrado dias depois, já em decomposição, em uma área de mata em Sanharó.
No cortejo, uma multidão caminhava em silêncio, enquanto outras pessoas choravam sem conseguir conter a revolta. Em um carro de som, as músicas de vaquejada que Júlia amava tocavam como um fio tênue entre a despedida e a lembrança. Cada nota parecia carregar um pedaço da vida que ela sonhava viver — uma vida simples, marcada pelo desejo de ser vaqueira, de montar, de sentir a liberdade do campo.
Mas Júlia era mais do que uma jovem sonhadora. Era mãe de quatro filhos, que agora carregarão para sempre a ausência de quem lhes deu a vida e o amor mais puro que existe.
A comunidade pediu justiça, mas também pediu acolhimento. A violência que tirou Júlia e seu bebê do mundo deixou marcas profundas não só na família, mas em todos que acompanharam sua história. O caso reacendeu discussões sobre feminicídio, proteção às mulheres e o ciclo de brutalidade que ainda insiste em assombrar muitas vidas.
Na última despedida, as flores pareciam simbolizar tudo o que Júlia representava: beleza, força e a esperança de uma vida melhor. E, enquanto era sepultada sob aplausos e lágrimas, uma certeza tomou conta de todos: o nome de Júlia não será esquecido.
Em meio à tristeza, ficou um clamor coletivo, um pedido silencioso por um mundo onde mulheres não precisem ter medo, onde sonhos não sejam interrompidos pela violência, onde mães possam voltar para casa.
E, acima de tudo, ficou a memória de Júlia Eduarda: uma jovem que amava a vida, seus filhos, sua cultura e seus sonhos.



















