Segurança no Polo Têxtil: desafio para
o desenvolvimento
A Região de Desenvolvimento do Agreste
Central de Pernambuco é uma das mais importantes do estado. Com uma população
de mais de 1 milhão de habitantes, a economia do lugar é baseada,
principalmente, no Polo de Confecções, que abrange aproximadamente 50
municípios e gera emprego para mais de 200 mil pessoas.
Toda esta pujança não veio do nada.
Caruaru, por exemplo, apresenta uma grande vocação comercial desde o seu
início, com a feira que se formou após a construção da Capela de Nossa Senhora
da Conceição, ainda no século XIX. Já em Santa Cruz do Capibaribe, esta
história remete à década de 1940, quando camisetas e shorts passaram a ser
confeccionados a partir de retalhos vendidos por comerciantes da capital.
É preciso valorizar toda a história
para entender melhor o presente e agir corretamente em direção ao futuro. Por
isso, é necessário que sejam implementadas políticas públicas que garantam o
desenvolvimento da região. Fatores de ordem econômica, a exemplo de
competitividade, sustentabilidade e questões trabalhistas são desafios
inerentes à atividade comercial, mas outro empecilho ainda precisa ser
superado: a insegurança.
Para minimizar a situação, o Governo do
Estado está lançando a Operação Têxtil, que contará com um esquema especial até
o fim do ano, para garantir a segurança do sulanqueiro. Esta definição
aconteceu após uma reunião entre empresários do Polo de Confecções e o
secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire. Fui o mediador do
encontro, que ocorreu no último dia 08, na capital pernambucana. Entendo que a
medida é plausível, mas precisa se conectar com ações permanentes. Percebo a
importância de enxergar o Polo de Confecções como uma unidade, não apenas como
municípios isolados. Então, os serviços públicos devem ser oferecidos de
maneira global, beneficiando o maior número possível de pessoas e gerando bons
frutos para toda a nossa região.
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