Obras no Centro de Caruaru
geram polêmica
As reclamações sobre as
obras de requalificação do Centro de Caruaru são inúmeras. Nas ruas ou por meio
das redes sociais, é comum ouvir queixas de comerciantes, compradores e até
mesmo de turistas acerca do polêmico projeto de requalificação do Centro que
está sendo implementado pela Prefeitura do Município de Caruaru.
As obras têm provocado
interrupções no trânsito e transtornos nas vendas. Com duração prevista para
quatro meses, surge a preocupação que os serviços atrapalhem o comércio e o
turismo durante datas importantes que se avizinham, inclusive os festejos juninos.
É possível que aconteça um ‘replay’ – com cenas ainda mais embaraçosas – do que
houve no Dia das Mães do ano passado, quando obras em ruas do comércio
prejudicaram as vendas a ponto de a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Caruaru)
divulgar uma nota lamentando a situação.
Além dos empecilhos no fluxo
de veículos e de pessoas, o impacto ambiental dos trabalhos que estão sendo
desenvolvidos também gera preocupação. O Movimento Ecológico SOS Rio Ipojuca
chegou a emitir nota pública sobre a necessidade de o poder executivo municipal
“reparar os possíveis danos ambientais e legais causados pelo formato
equivocado de executar um projeto dessa magnitude”.
A Lei Orgânica de Caruaru
estabelece, no seu artigo 118, que o Município deve assegurar a participação
ativa de entidades civis e grupos sociais organizados na elaboração e execução
de planos, programas, projetos e na solução dos problemas, bem como o amplo
acesso da população às informações sobre o desenvolvimento urbano e municipal,
e projetos de infraestrutura.
Para além de ações
específicas, é preciso que o poder público apresente um projeto de cidade.
Contudo, infelizmente, até a atualização do Plano Diretor sequer está sendo
discutida com a sociedade, apesar do atraso de cinco anos. Somente ouvindo os
mais diversos setores sociais será possível promover o desenvolvimento integral
da nossa querida Caruaru.
