O Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de
Pernambuco) vem a público manifestar o seu veemente repúdio à atitude do
Governo do Estado de Pernambuco que suspendeu por 30 dias o companheiro Áureo
Cisneiros, presidente do sindicato. Por determinação do secretário de Defesa
Social, Alessandro Carvalho Liberato de Mattos, Áureo vai sofrer, ainda, um
corte de seus pagamentos referentes aos dias de suspensão. A decisão da SDS é
uma clara perseguição política ao presidente do Sinpol, em represália à sua
combativa e incansável postura contra os desmandos de quem comanda o Estado de
Pernambuco.
Em 2012, Áureo Cisneiros liderou e participou de um
movimento grevista. Como retaliação, foi transferido para o município de
Itaíba, no Agreste Pernambucano, decisão que foi revertida através da Justiça
(Mandado de Segurança nº 0000558-30.2012.8.17.0930 e Agravo de Instrumento nº
19954-67.2012.8.17.000 - 287582-3), que recolocou Áureo na Mata Norte. Porém,
ao invés de manter sua lotação no plantão de 2x6 (ou 48h por 144h), impuseram-no
um expediente de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Como se tantas mudanças
não fossem suficientes para desestabilizar física e emocionalmente o servidor
público, Áureo ainda era alvo de assédio. Todos os dias telefonavam para a
delegacia de Macaparana, no começo e no fim do expediente, a fim de verificarem
se ele estava cumprindo com sua carga-horária.
Sentindo-se injustiçado com tamanha perseguição, o
companheiro Áureo passou a telefonar para diversas delegacias da região, a fim
de averiguar se os delegados cumpriam com suas obrigações funcionais, ou seja,
se faziam valer o suado dinheiro do povo pernambucano. Eis que ele constatou
que vários delegados não compareciam às delegacias, ou seja, não trabalhavam,
lesando os cofres públicos, isto é, o bolso do cidadão. Munido de tal
informação, Áureo registrou um Boletim de Ocorrência pedindo que o delegado
regional tomasse providências com as faltas funcionais dos delegados.
Ao invés de punir quem não cumpria suas obrigações
e por conta de seu perseverante combate em busca de uma Segurança Pública digna
e por uma Polícia Civil estruturada e à altura de suas funções para melhor
servir a população, o Governo do Estado decidiu por penalizar o companheiro
Áureo Cisneiros. Uma injusta sanção que não pune apenas o presidente do Sinpol,
mas que se utiliza do simbolismo de sua representação sindical para estender os
tentáculos punitivos do Governo do Estado a todos os policiais civis. Em suma,
é uma afronta a toda a categoria.
O Sinpol
reitera sua repulsa a esta atitude persecutória do Governo de Pernambuco,
reforça o apoio a Áureo Cisneiros e a todos os companheiros de luta e assegura,
a todos os policiais civis, bem como ao povo pernambucano, que não vai
esmorecer. Não é com perseguição política que o Governo do Estado vai nos
enfraquecer. Pelo contrário, este tipo de assédio apenas nos mostra que estamos
no caminho certo, combatendo a boa causa e lutando pelo que é mais justo para a
nossa categoria e nossa sociedade. Luta que segue!