MAIS MÉDICOS OU MENOS
MÉDICOS?
Desde Agosto de 2013 o
Brasil conta com um programa de atendimento denominado Mais Médicos. O programa
visa levar atendimentos em saúde, principalmente a comunidades de baixa renda e
difícil acesso. Nos últimos anos, Cuba através de um acordo com o país, disponibiliza
seus profissionais para obrarem no projeto, tendo quase 20 mil médicos
atuantes, e mais de 113,5 milhões de brasileiro beneficiados.
Com a transmissão de governo
atual, o Presidente eleito Jair Bolsonaro, declarou que para garantir a
continuidade do programa, seriam necessárias algumas modificações, o que não
agradou o governo Cubano. Na atualidade, Cuba tem acordado com os seus médicos
que mais da metade do valor bruto do salário do profissional deverá ser
recolhido para o governo e o restante fica com médico (a). Assim como, ao
profissional enviado ao Brasil para trabalhar, não é necessário revalidar o
diploma e não é permitida a migração de sua família.
O novo governo brasileiro
enfatizou que para continuar com o programa, os profissionais deverão receber a
totalidade do valor recebido e não repassar para o governo, como sempre foi.
Outro ponto destacado foi a necessidade de validar o diploma e a liberação das
famílias dos médicos para migrarem para a localidade de trabalho dos
profissionais caso desejassem. É importante destacarmos que os próprios médicos
Cubados há muito tempo declaram o desejo de terem mais dignidade de trabalho
dentro do Programa Mais Médicos. Muitos relatam que vieram ao Brasil com o
intuito de ajudar a nação e oferecer seus serviços, porque profissionalmente
falando, não haveria benefícios que os estimulassem.
Após as modificações
anunciadas pelo Presidente eleito, Cuba rejeitou o novo perfil adotado e
declarou a retirada dos médicos Cubanos do território Brasileiro. A população
em boa parte, recebe com pesar a saída desses profissionais que desempenham tão
bem seu papel. Porém, exigir que os mesmos recebam melhor e tenham o direito de
ter seus familiares perto é no mínimo garantir as condições mínimas de atuação.
Que possamos analisar a situações sob diferentes óticas e não apenas a crítica
pela crítica. Sofre o povo menos favorecido que precisa de atendimento, sofre
os médicos Cubanos que trabalham em regime de escravidão pelo seu governo que
arrebata boa parte de sua renda.
Esse foi a nossa Opinião de
Mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas, questionamentos e
sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.