Desastres sucessivos
O desastre em Brumadinho-MG
é emblemático. O boletim da Defesa Civil e do gabinete militar de Minas Gerais
divulgado no domingo 10 registrou 165 mortos, além de 160 desaparecidos e 138
desabrigados. Entre outras questões, o desastre aponta para as falhas na
fiscalização da legislação ambiental em nosso país.
Na quarta-feira 6, as chuvas
torrenciais que ocorreram no Rio de Janeiro deixaram sete vítimas fatais, além
de quedas de barreira e árvores caídas afetando o fornecimento de energia
elétrica. A histórica falta de aplicação de recursos no ordenamento urbano é
uma das causas principais para que situações como essas aconteçam.
O incêndio ocorrido no Ninho
do Urubu, o Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, durante a
madrugada da sexta-feira 8 deixou 10 mortos e 3 feridos. O fogo atingiu o
alojamento em que vivem os atletas da base do clube enquanto os garotos
dormiam. O local nunca foi vistoriado pelo Corpo dos Bombeiros, pois, segundo a
corporação, "a estrutura provisória não constava no projeto e não foi
identificada nas áreas vistoriadas".
Lamentavelmente, ações
improvisadas no serviço público e a falta de fiscalização sobre as empresas
danosas ao meio ambiente têm ceifado vidas em nosso país. São resultados de uma
velha política, alimentada pela ineficiência e corrupção. Precisamos de uma
nova política, humana e que trabalhe pelo bem da vida.
