A Polícia Federal em Caruaru,
com apoio da Controladoria-Geral da União, deflagrou na manhã desta quinta-feira
(28) a Operação Pescaria II, com a finalidade de dar cumprimento a 04 (quatro)
Mandados de Prisão Preventiva e 09 (nove) Mandados de Busca e Apreensão,
expedidos pela 24ª Vara da Justiça Federal, contra suspeitos de integrarem uma
associação criminosa especializada na prática de fraudes em processos licitatórios
no município de Agrestina, destinados à contratação de obras públicas (unidades
básicas de saúde) custeadas com recursos do Ministério da Saúde, por meio da
realização de atos destinados à prévia escolha de determinada empresa “de
fachada” pertencente a um dos integrantes do esquema, sem capacidade
técnico-operacional, restando a execução das obras públicas a terceiro
desqualificado, também integrante do esquema.
O grupo também é investigado
pela prática de atos de ocultação e dissimulação dos recursos envolvidos nas
fraudes. A investigação teve início em novembro de 2018 e os crimes sob
apuração são os de Fraude à Licitação, Associação Criminosa, Falsidade
Ideológica, Peculato e Lavagem de Dinheiro, cujas penas somadas podem chegar a
46 anos de reclusão, além do pagamento de multas.
A ação do dia de hoje foi
resultado da análise dos materiais apreendidos em cumprimento de mandados
judiciais na primeira fase que aconteceu no dia 21/02/2019 na qual resultou no
cumprimento de 03 Mandados de Prisão Temporária que foram convertidas em
Prisões Preventivas e 06 Mandados de Busca e Apreensão.
Esta segunda fase da
operação conta com a participação de 50 (cinquenta) Policiais Federais, além de
servidores da CGU, e os mandados foram cumpridos nas cidades de Agrestina, Garanhuns,
Brejão, Panelas e Jurema.
Numa coletiva de imprensa realizada
no final da manhã na sede da Polícia Federal em Caruaru, foram divulgados os
nomes dos quatro presos na operação, um é o Secretário de Obras da Prefeitura
de Agrestina Marciano Lopes dos Santos;
o outro é o Secretário de Saúde de Agrestina Manassés
Soares Lira; além do engenheiro Sandro
Wlaldemir de Oliveira Gomes e do empreiteiro Francisco de Assis Barros. Eles foram levados para a delegacia da
Polícia Federal, onde prestaram depoimentos e em seguida foram recolhidos á
Penitenciária Juiz Plácido de Souza, onde permanecerão a disposição da justiça
federal.