A Polícia Federal em
Pernambuco, através de sua Delegacia em Caruaru, deflagrou na manhã de hoje,
24/09/2019, por voltas das 6 horas a segunda fase da OPERAÇÃO IMPUNITAS com o
objetivo de desarticular uma organização criminosa, cujo chefe é funcionário do
Banco do Nordeste e exerceu a função de Gerente Geral na Agência do Banco do
Nordeste em Santa Cruz do Capibaribe e Palmares, entre os anos de 2015 e 2018,
o qual atuava com a coliderança de terceiros na cooptação de laranjas,
utilizando empresas de “fachada” e documentos falsos para instruir operações de
créditos obtidas junto ao BNB, com recursos desembolsados em sua maioria,
provenientes do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste.
A operação de hoje tem como
finalidade o cumprimento de 02 (dois) mandados de prisão preventiva em desfavor
de um bancário/servidor público e um empresário e 10 (dez) de busca e
apreensão, além de terem sido decretadas medidas cautelares diversas, dentre
elas, o sequestro patrimonial dos envolvidos, no valor de R$ 8.500,000,00 (oito
milhões e meio) de reais, prejuízo inicialmente estimado como sendo o causado
pela Organização Criminosa. *Os mandados de busca e apreensão estão sendo
cumpridos nas cidades de Surubim (04), Caruaru (01), Toritama (3), Jaboatão dos
Guararapes (1) e Cabo (1) e para isto 11 (onze) equipes de policiais federais
estão nas ruas cumprindo as respectivas ordens judiciais.
Também foi autorizado o
compartilhamento dos elementos obtidos nas investigações com a Secretaria da
Fazenda Estadual (SEFAZ/PE) e com a Receita Federal do Brasil, medida essencial
para o aprofundamento das apurações, inclusive, já tendo havido um apoio da
SEFAZ/PE em algumas demandas, sendo de suma relevância para a investigação. O
trabalho, desenvolvido em estreita parceria com o Ministério Público Federal em
Caruaru, teve sua primeira fase deflagrada ainda em 11/06/2019, e na época
foram cumpridos 04 mandados de busca e apreensão, e sequestro de bens, levadas
a cabo para preservar provas e garantir a recomposição dos prejuízos
financeiros causados pela Organização Criminosa.
Após a análise do material
apreendido na primeira fase da operação, foram trazidos para dentro da
investigação, novos indícios de participação de terceiros inicialmente não
identificados, motivo pelo qual se fez necessária a decretação de novas buscas
em endereços de pessoas relacionadas aos crimes de falsificação de documentos e
lavagem de dinheiro e durante o percurso das investigações também foi possível
obter indícios da prática de crimes de obstrução à Justiça e lavagem de
dinheiro. Os crimes investigados são de gestão fraudulenta de instituição
financeira, lavagem de dinheiro e associação criminosa, cujas penas ultrapassam
os 10 anos de reclusão.
Todas as buscas e apreensão
foram cumpridas na data de hoje, porém, os dois alvos que tinham contra si,
mandado de prisão preventiva decretada não foram encontrados em suas
residências (ALEXANDRE DE MORAIS HISSA, 39 anos, solteiro, bancário, natural de
Natal/RN e residente em Casa Caiada/Olinda-PE,
e SANDRO ALVES DE MOURA JÚNIOR, 30 anos, casado, empresário, natural de
Escada/PE e residente em Cajueiro Seco-Jaboatão dos Guararapes/PE), os quais
passam a ser considerados foragidos. Qualquer informação dos dois suspeitos, as
pessoas podem entrar em contato através do disk-denúncia, através do fone
3421.9595. O anonimato é garantido. Foram arrecadados nos locais da buscas,
documentos, celulares, mídias de computador e veículos.
O nome da operação é em
decorrência da “crença” dos investigados na impunidade, tendo em vista que,
mesmo ciente das investigações, continuaram a atividade delitiva, inclusive,
dificultando a apuração criminal.