AQUAMAN
A DC/Warner
fez um filme de super-herói bem feito.
Desde a
trilogia Batman de Christopher Nolan, a DC/Warner não acertava a mão na
produção deste gênero de filme. Foram decepções em cima de decepções, tirando
raras exceções como O Homem de Aço (2013 de Zack Snyder) onde fomos
apresentados ao novo Superman interpretado pelo carismático Henry Cavil, ou
mesmo a expressiva revitalização do homem-morcego numa magistral interpretação
de Ben Afleck em Batman VS Superman – A Origem da Justiça (2016 de Zack Snyder)
filmes que apesar de contar com atores que vestiram literalmente o uniforme dos
super-heróis, as adaptações feitas pelo estúdio e produtora, não caíram no
gosto do público.
A atmosfera
dark da direção de Zack Snyder não estava funcionando e em Liga da Justiça
(2017 de Zack Snyder) foi a gota d´água no oceano. O filme é considerado o pior
de toda franquia DC/Warner. Somente um filme havia saído deste limbo tenebroso
e mostrou o quanto ainda se poderia salvar o Universo Cinematográfico da DC e
este foi Mulher Maravilha (2017 de Patty Jenkins). Com um roteiro simples, uma
paleta de cores mais diversificada e o alto carisma de Gal Gadot, o filme caiu
nas graças do público e da crítica. Foi necessário que uma mulher mostrasse na
telona, como se faz um filme de sucesso.
Em 2018 a
DC/Warner nos apresentou seu único filme do ano, AQUAMAN. Metade humano e semi
atlante, Arthur Curry (Jason Momoa) parte em uma jornada junto de seus aliados
Mera (Amber Heard) e Vulko (Willem Dafoe) para encontrar o tridente do rei, uma
arma mítica capaz de controlar os sete mares. O trio precisa cumprir seu
objetivo antes de Orm (Patrick Wilson), meio-irmão de Arthur que pretende
derrubá-lo e tomar o trono de Atlântida.
O que podemos
dizer deste filme é que ele é simplesmente sensacional, com a Direção de James
Wan, diretor que traz em seu currículo filmes de terror como Jogos Mortais
(2004), Invocação Do Mal -1 e 2 (2013/2016) e filmes de ação, como Velozes e Furiosos 7 (2015). Aqui ele faz um
trabalho onde envolve conscientemente e precisamente parte destes gêneros e nos
entrega um filme bem redondinho, nos mostrando a origem de um super-herói sem
exagerar em contar essa historia. Wan trabalha muito bem esse quesito, sem
perder o fio condutor da trama, entrecortando a narrativa atual com flashbacks
bem introduzidos e sequenciados fazendo o espectador entender perfeitamente o
contexto inserido na história.
Ao nos mostrar
a cidade submarina de Atlantida, somos brindados com uma visão extremamente
futurista de uma civilização altamente evoluída tecnologicamente, em um visual
repleto de cores e luzes neon, ressaltados pelos animais marinhos, numa
qualidade em CGI de impressionar os olhos. Tudo está bem centralizado, com
riquezas de detalhes em suas nuances e nós realmente acreditamos no que vemos,
tamanha perfeição do que está sendo mostrado. Atlantida existe bem como todos
os Outros 7 Reinos Marítimos. Um extraordinário espetáculo visual.
Os personagens
também estão muito bem trabalhados. Jason Momoa nos entrega um Aquaman a
principio alheio ao mundo de Atlantida, que prefere esquecer e se contentar em
salvar os seres da superfície, onde ele se sente mais a vontade. Ao longo de
sua jornada do herói, ele vai mostrando diversas camadas e amadurecimento até
atingir e aceitar seu objetivo como Monarca de Atlanta. Seu par romântico,
Mera, interpretada pela atriz Amber Heard, é de uma supremacia elegante ao
demonstrar sua energia e força em convencer Aquaman a lutar do seu lado pelo
reino atlante. Willem Dafoe nos entrega um conselheiro Científico de Atlantida
ao mesmo tempo em que atua como mentor de Aquaman em sua jornada evolutiva, com
toda a expressividade que seu papel exige.
Outro ator que
também está bem centrado em seu personagem é Patrick Wilson, no papel o
meio-irmão de Aquaman, Orm Marius, o Mestre dos Oceanos. As atitudes, os
gestos, suas palavras soam tão verdadeiras que acreditamos nas suas intenções
reais. Aqui, preciso enaltecer também a presença de Dolph Lundgren, no papel do
Rei Nereus, da Nação Submarina de Xebel e pai de Mera. Ele consegue dar também,
veracidade em sua interpretação. Parabéns pelo papel e pela expressividade.
O Ator Yahya
Abdul-Mateen II faz o Arraia Negra, outro arqui-inimigo do Aquaman. A motivação
dele ao tornar-se o Arraia, é um dos pontos mais fortes do filme, pois vemos
uma situação e duas reações distintas aqui. Não vou falar muito para não dar
spoiler. E finalmente, Nicole Kidman, como Atlanna, mãe do Aquaman e ex-rainha
de Atlantida, bem como também, o Ator Temuera Morrinson, como Thomas Curry, pai
do Aquaman. Apesar destes personagens terem pouco tempo de tela, é extremamente
envolvente suas cenas. Há um laço de amor verdadeiro nas interpretações dos
atores, que nos faz torcer por um final feliz para eles. A química entre os
dois, funciona perfeitamente.
AQUAMAN é
desses filmes que você deseja que não acabe tamanha qualidade vista na tela,
personagens carismáticos, grandes cenas de ação, piadinhas que não atrapalham e
um dos visuais mais exuberantes já produzidos para filmes de super-heróis. A
DC/Warner finalmente acertou.
PROGRAMA CLUBE
DO FILME
No programa
Clube do Filme deste sábado, 13 de fevereiro 2021, às 13h pela Rádio Cultura do
Nordeste 96,5 FM/1130 AM, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz, terá
como tema: “AS GRANDES MÚSICAS DE 007 – PARTE #4”. Nos estúdios da Rádio,
participação de Bento Gomes (Fotógrafo e Cosplay) e Zenaldo Nunes (Pesquisador
e Cosplay) .
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