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ATÉ ONDE VALE A PENA IR?
Um caso teve
grande repercussão nacional nos últimos dias, a morte de Lilian Calixto, após
um procedimento estético no Rio de Janeiro. O fato desvendou a atuação ilegal
do médico Denis Cesar Barros Furtado, que não tinha registro junto ao Conselho
Regional de Medicina para atuar nesse estado. Conhecido como o Dr. Bumbum,
Denis realizava diversos procedimentos e cirurgias na cobertura de sua
residência, na Barra da Tijuca, acompanhado de sua mãe, que também é médica,
porém tinha seu registro cassado e não poderia exercer a medicina.
A mulher que
foi a óbito, havia passado por uma bioplastia nos glúteos e após alguns
minutos, apresentou complicações gravíssimas, resultando posteriormente em sua
morte. A justiça decretou a prisão do médico, e de sua mãe, porém ambos estão
foragidos. A namorada de Denis atuava como secretária e foi presa. A delegada
que está atuando nas investigações, Adriana Belém, relatou que ao contratar o
serviço, a vítima acreditava que seria realizado em uma clínica, o que na
realidade não aconteceu.
Nenhum
procedimento dessa magnitude poderá ocorrer dentro de um ambiente doméstico. É
necessário que o local seja apropriado para qualquer intercorrência, além de
ter respeitadas todas as técnicas de assepsia. Os profissionais deverão ter a
formação adequada e o devido registro junto ao seu conselho naquele estado,
para que possam desempenhar suas atividades com segurança.
O caso nos trás
um grande alerta sobre os riscos que a sociedade poderá ter diante de um
atendimento impróprio. Que possamos ter mais cuidado com os profissionais que
elegemos nos atender e nos perguntar sobre se realmente vale a pena realizar
tal procedimento. O médico em questão era bem conhecido em redes sociais, tendo
em uma de suas redes mais de 600 mil seguidores, e o mesmo respondia a mais de
10 processos. Com oito passagens criminais, entre elas, um homicídio. Buscar as
informações junto aos órgãos que respondem pela profissão é um dos caminhos
antes de confiar apenas na popularidade. Fica a indagação: Até onde vale a pena
ir, em pró do alcance dos padrões de beleza?