Depois
que a tropa da Polícia Militar (PM) decidiu em assembleia, na tarde desta
quarta-feira (14), rejeitar a proposta do governo e optar pela continuidade do
movimento de greve, o governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), conversou
com a presidente Dilma Rousseff (PT) e com o Ministro da Justiça, José Eduardo
Cardoso, e eles autorizaram a vinda da Força Nacional e do Exército Brasileiro
ao Estado de Pernambuco, durante a greve da PM.
O anúncio foi feito na
noite desta quarta-feira, com a presença de grande parte do secretariado de
Lyra, no Palácio do Campo das Princesas. A expectativa é de que, em até cinco
horas, os integrantes das três forças cheguem ao Estado.
Na tentativa
de buscar soluções com os grevistas, o governo vai permanecer de plantão ao
longo da noite.
ILEGALIDADE – Lyra também antecipou que o
procurador-geral do Estado, Thiago Norões, já deu entrada com o pedido de
ilegalidade da greve junto ao Tribunal de Justiça.
A decisão do
governador é mais do que acertada. Em movimentos como este, não falta quem
tente instalar o pânico na população, espalhando boatos ou promovendo
arrastões, seja com objetivos eleitoreiros ou sindicais.
Os policiais
sabem que a sensação de segurança é alta ou baixa, dependendo de símbolos como
uma farda na esquina ou um carro patrulhando um bairro. Durante o dia, lojas do
centro do Recife funcionaram com portas baixadas até a metade. Universidades
públicas e privadas suspenderam as aulas do turno da noite.