A Associação dos Policiais Civis de
Pernambuco (ASPOL/PE) denuncia o caos na instituição por falta de efetivo
sobrevivendo com cotas do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES) para os
servidores que vendem suas horas de descanso para trabalharem em jornadas
extraordinárias, sem o pagamento das respectivas gratificações.
Para entender melhor, esse dinheiro
mantêm plantões policiais, o funcionamento do Instituto de Criminalística, o
IML e o IITB de Recife, Caruaru e Petrolina, contabilizando mais de 1.700
cotas. Por isso, no caso da entrega dessas cotas, o Estado, de forma
emergencial, lotaria servidores das unidades policiais nesses plantões,
fechando delegacias e institutos, inviabilizando investigações e operações
policiais, além de sofrer com o aumento imediato na criminalidade.
“A curto prazo, o Governo só teria uma
saída: pagar hora extra e adicional noturno aos policiais civis e, a longo
prazo, realizar concurso público para completar o quadro de servidores, que
está abaixo de 50% do necessário. Não adianta criar unidades policiais sem
estrutura física, salário digno e efetivo. Os gestores brincam de polícia e os
policiais não aguentam mais esse jogo”, afirma Diego Soares, presidente da ASPOL/PE.