O presidente da entidade Diego Soares, disse que a população está a mercê da bandidagem. |
A
Associação dos Policiais Civis de Pernambuco (ASPOL/PE) denuncia que o Governo
de Pernambuco está invertendo as atribuições das polícias Civil e Militar nos
quadros de servidores da inteligência. Só para se ter uma idéia, em 2014, a
Polícia Civil tinha pouco mais de 43 servidores ligados diretamente ao serviço
de inteligência, que é primordial para a elucidação de diversos crimes de
repercussão no Estado, além de um aliado essencial na investigação dos delitos
de homicídio.
Em
contrapartida, a Polícia Militar, que não tem como atribuição a investigação,
possui aproximadamente 400 policiais no Centro Integrado de Inteligência da
Defesa Social, isto é, um número expressivo que deveria estar nas ruas
combatendo a criminalidade, visto que esta é sua atribuição constitucional.
“Em
Pernambuco, verificamos a usurpação constante de atribuições legais entre as
polícias fomentada pelo Pacto pela Vida, enquanto a Polícia Civil deveria
investigar os crimes fica impedida pelo baixo efetivo quase 50% do necessário.
Já a Polícia Militar, que deveria estar combatendo de forma ostensiva a
criminalidade, está investigando o que é flagrantemente inconstitucional. Hoje,
é raro encontrar policiais militares nas ruas, não por falta de efetivo, mas
por falta de orientação de um governo perdido na sua política de segurança
pública”, afirma Diego Soares, presidente da ASPOL/PE.