![]() |
Um comerciante foi
assassinado na noite do dia 06 de fevereiro de 2010 em São Joaquim do Monte e
foi um caso de grande repercussão pelo fato de outra pessoa também ter sido
morta e mais duas terem sido baleadas e tudo isso teria sido a mando da esposa
do comerciante que contou com a ajuda da mãe e de um pai de santo e nesta quarta-feira
(07) dois dos seis acusados foram julgados num júri popular no Fórum Dr.
Demóstenes Veras em Caruaru, no qual a mulher que teria mando matar o marido, foi
condenada e o motorista que levou os assassinos para cometerem o crime, foi
absolvido.
Segundo a investigação, o
crime aconteceu da seguinte forma, Elisangela
Augusta de Lima Santos, de 37 anos, planejou a morte do esposo, Jailson José dos Santos, que na época
tinha 33 anos. Ele era dono de um supermercado e a acusada teve o apoio da mãe, Edna Augusto Leal de Lima, de 59 anos, que
contratou o amigo, Amaro Correia da Silva,
vulgo “Amarinho Rezador” de 87 anos,
que contratou o principal pistoleiro, José
Cícero Nunes de Andrade, de 46 anos, que chamou o sobrinho, José Andrade dos Santos, de 35 anos,
para matarem a vítima e para a empreitada chamaram o amigo, Fábio
dos Santos da Cruz, de 33 anos, para dirigir o carro e leva-los a cena do
crime, onde mataram o comerciante Jailson e o dono do churrasquinho, José Pedro da Silva, conhecido por “Dequinha” de 33 anos, que tinha o seu
ponto comercial em frente ao supermercado do Jailson. Dois clientes do
churrasquinho também saíram baleados, João
Honório dos Santos, de 49 anos e Joseildo
Arceno da Silva, que foram atingidos com tiros de raspão e escaparam da
morte.
O advogado criminalista Dr. Artur Ramos, disse que o seu cliente Fabio dos Santos, foi para o local com os executores por conhecê-los, mas não
sabia que eles teriam sido contratados para cometer o crime e que mesmo vendo
eles matarem duas pessoas e baleando outras duas, foi coagido para retirá-los da cena do crime com medo de também ser assassinado e essa
foi a sua tese apresentada no julgamento que acabou sendo acatado pelos jurados. A esposa do comerciante foi condenada a 28 anos e meio de prisão e retornou para
a Colônia Penal Feminina Bom Pastor no Recife e o Fábio deve ser liberado da prisão.
Quanto ao fato dos outros
quatros acusados não terem sido julgados, o advogado falou que eles são
defendidos por advogados da Defensoria Pública e como se trata de uma tese conflitante precisaria de quatro defensores e por não dispor de defensores suficientes no momento comunicou o caso a justiça e o Ministério Público solicitou o adiamento do julgamento que foi acatado pela justiça, porém o Dr.
Artur e o advogado da esposa do comerciante pediram para que os seus clientes fossem julgados na data marcada e foram atendidos. Nisso foi feito o desmembramento do seu cliente e da esposa do empresario dos outros réus, que serão julgados à posteriori. Em
relação ao desaforamento de São Joaquim do Monte para Caruaru, o jurista falou que
isso é comum e ocorre por falta de estrutura do fórum local, por falta de
segurança ou por ter sido um crime de comoção popular, ele disse ainda que deverá
mover uma ação contra o Estado pela injustiça, já que o seu cliente está preso
há quase 7 anos sem dever.