No dia 05/04 a PF de Ponta
Porã-MS realizou a prisão de um homem no momento em que realizava o despacho de
um volume em uma agência de encomendas da cidade. No interior do volume havia
um brinquedo e dentro dele pequenas embalagens contendo maconha, que somaram
10,70kg. A remessa destinava-se ao estado de Pernambuco. Durante a lavratura do
auto de prisão, o preso informou que receberia R$ 300,00 (trezentos reais) para
realizar a postagem.
Várias apreensões foram feitas
pela Polícia Federal, Polícia Civil, Receita Federal e Polícia Militar em
vários estados de traficantes e de pessoas aliciadas para servirem como
transportadoras de drogas objetivando driblar a fiscalização das policiais nos
aeroportos, residências e rodovias. As apreensões indicam que o crime
organizado busca alternativas para envio de skunk e cocaína ao exterior nos
voos comerciais e para ocultar as drogas em residências.
As apreensões de drogas nos
aeroportos do Brasil vêm aumentando nos últimos anos, com operações da Polícia Federal, trabalho de inteligência
e cooperação entre agências de segurança e controle. Alguns métodos usados por
criminosos para tentar esconder as drogas,
chamam a atenção, por se destacarem a respeito da forma como os
entorpecentes são escondidos.
Na maioria dos casos, a droga
é escondida em fundos falsos de malas, nas roupas, dentro do organismo, levada
em cápsulas (engolidas ou introduzidas), dentro de botijões gás, dentro de
sapatos e de perfumes, em garrafas de cachaça, presas ao corpo, dentro de
peixes, dentro da Bíblia, misturadas em mercadorias dentro de caminhões e até
mesmo em obras de arte como quadros com a figura de vários papas.
Taus pessoas recebem dinheiro
do traficante para fazer o transporte da droga. No mês de março, dois casos
peculiares, em aeroportos com voos internacionais merecem destaque, em
Viracopos e no Galeão. Nos dois flagrantes, uma carga de peixes estava recheada
de droga, em caixas de isopor. Tinham como origem o aeroporto de Manaus. No estado, é comum esse tipo de artifício
para ocultar a droga, principalmente no transporte pelos rios, devido às
fronteiras do Brasil com países produtores, com rios e córregos que ligam os
territórios.
Também houve a prisão de um
passageiro de 48 anos que embarcaria em um voo para Orly, na França, que
carregava na mala três garrafas de cachaça, com acabamento de palha cobrindo o
vidro. Os policiais suspeitaram durante a triagem e ele foi chamado para checagem.
Dentro delas havia cerca de 3 kg de cocaína diluídos, que ficava isolada
colocada no gargalo para despiste, caso elas fossem abertas para teste.
A maior parte das apreensões ocorrem no eixo Rio e São Paulo. Mas há casos em outras cidades, fazendo ou tráfico entre estados ou em escalas rumo aos aeroportos com voos internacionais. As polícias sempre irão estar à frente das intenções dos traficantes em virtude de possuírem policiais capacitados e experientes, aparelhos de última geração, cães farejadores e um sistema de inteligência eficaz que consegue realizar a prisão diuturnamente desses criminosos. Tráfico internacional de drogas prevê penas que variam de 5 a 20 anos de reclusão, já o de tráfico de interestadual de drogas a pena pode chegar até 15 anos de reclusão.