PANTERA NEGRA
Pantera Negra consagrou-se,
ao trazer um contexto ousado, equilibrado e com uma profundidade emocional
espetacular, ao contar a origem do herói.
In memorian ao ator Chadwick
Boseman que morreu aos 43 anos, vamos falar do filme Pantera Negra (2018). Ele
enfrentou um câncer de cólon diagnosticado em 2016 e mesmo assim, também neste
mesmo ano, estreou no filme "Capitão América: Guerra Civil", pela
primeira vez como T'Challa. Criado pela Marvel em 1966, o Pantera Negra foi o
primeiro super-herói negro dos quadrinhos americanos. Pantera Negra foi sucesso
de crítica e público, levando a história do herói de um reino africano
fictício, a superar a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias mundiais. Ganhou
três Oscar e foi indicado a outros quatro, entre eles, o de Melhor Filme. Como
o herói, ele ainda participou de Vingadores: Guerra Infinita (2018) e de
Vingadores: Ultimato (2019), e tinha presença confirmada em um novo Pantera
Negra, previsto para 2022.
Pantera Negra é um filme
diferente, com identidade própria, capaz de lidar com os mais diversos
assuntos, abordando-os com inteligência e autenticidade. O filme narra T'Challa
que, após os acontecimentos de Capitão América Guerra Civil onde seu pai morre,
decide voltar para casa, nação africana de Wakanda para assumir sua função como
Rei. Daí em diante, sua coragem é testada, o levando para um conflito que
coloca o destino de Wakanda e do mundo em risco.
Este filme vem surpreender
porque seu roteiro além de objetivo, consegue ser funcional. Foi bem elaborado
para causar impacto e levar o espectador a adentrar num universo único e
magnífico, principalmente quando foca em levantar questões sociais e políticas,
afim de preestabelecer uma conexão com as mais diversas reflexões que serão
introduzidas na trama. Tudo no filme foi conduzido com sagacidade e com
propósito bem definido para desenvolver a importância do passado e da família,
responsabilidade, laços, amizades, conflitos pessoais e políticos, revelações
importantes, poder, força, caráter, liderança, exclusão, humildade, falta de
oportunidades, ameaças de guerras, potências militares e atitudes extremistas.
Um verdadeiro conjunto de fatos que deixaram a trama sensacional. Outro fato
relevante é que ao introduzir a presença feminina, o faz com extrema
delicadeza, tornando a representação das mulheres essenciais, dando o destaque
merecido para cada uma delas, mostrando sua desenvoltura diante de cargos
importantes.
Ao falar das atuações,
podemos dizer que todas foram bem exploradas e extremamente coerentes com o que
foi sugerido no filme. Pantera Negra/ T'Challa ( Chadwick Boseman), interpreta
bem o papel, principalmente pela carga emotiva que seu personagem carrega com
momentos de dúvidas, alegrias, frustrações, incertezas, motivações, ousadia,
coragem e honra. Consciente e politizado mostra que tem a imponência e
capacidade necessária para liderar e conduzir aquela nação com maturidade e
responsabilidade. Erik Killmonger (Michael B. Jordan), nos tira o folego por
ser um verdadeiro vilão com habilidades que o capacita enfrentar o herói com
igualdade. Treinado durante toda sua vida para este momento tão esperado,
carrega em sua essência, motivações fortes e importantes. Capaz de atos
extremos para atingir êxito em seu objetivo e completar sua vingança, nos
conquista porque vemos nele força, coragem e uma ameaça real. Em nenhum momento
fraqueja ou se deixa se influenciar por diálogos racionais, que tentam
convencê-lo do contrário. Já as atrizes dão um show com suas personalidades
fortes Lupita Nyong'o (Nakia) sempre idealista, Letitia Wright (Shuri),
cientista brilhante, Angela Bassett (Ramonda) rainha e mulher com autoridade e
Danai Gurira (Okoye), general que lidera um exército de mulheres metódicas e
racionais prontas para servir a nação. Todas são capazes de enfrentar crises e
lutas com resistência e coragem. Este foi um dos pontos mais fortes do enredo
porque todas atuam com magnitude, mostrando o quão grandiosos são os momentos
onde todas mostram suas competências e habilidades, destacando bem o poder do
sexo feminino fazendo jus a força e coragem que habita em cada mulher.
Ryan Coogler, dirige este
filme com muita eficiência, principalmente porque temos um belo visual de
cores, trilha sonora que casa perfeitamente com a sequências das cenas,
figurino que valoriza a cultura da África. Com piadas e doses de humor bem
planejadas , conseguiu modernizar as temáticas de acordo com a realidade atual,
os efeitos visuais não são exagerados , mas necessários para o bom
desenvolvimento das cenas de ação. Tudo no filme flui com agilidade e leveza,
somando para que o filme se torne gostoso e não cansativo de ser ver. Falando
tecnicamente é um filme primoroso em todos os aspectos e brilhante por produzir
um verdadeiro espetáculo com tanta perfeição.
Pantera Negra é sem dúvida o
melhor filme da Marvel, isso porque se completa quando junta origem, tradição,
cultura, tragédia familiar, segredos não revelados, conflitos de geração,
necessidades atuais, evolução, domínio de tecnologia e boas reviravoltas, além
trazer um perfeito equilíbrio entre a razão e emoção. Autentico e inovador, o
Pantera Negra reinará e habitará em nossas mentes para sempre.
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Neste sábado, 13h, na Rádio
Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME, com temática
Sobre Voluntariado. Comandado por Edson Santos e Mary Queiroz.
Pra falar dos filmes, os
convidados Betto Moura, Alex Vander e Cláudio Silva, estarão presentes
nos estúdios da Cultura.
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