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sábado, 22 de agosto de 2020

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ


 HOTEL TRANSILVÂNIA 3: FÉRIAS MONSTRUOSAS

 

 

Quando falamos em filmes de animação, logo nos vem a mente a Disney. Solidificada nesse nicho de mercado há mais de 50 anos, essa empresa é sinônimo de qualidade e perfeição nesta área infantil. Detentora de uma infinidade de Prêmios Oscar de Melhor Animação, a Disney estava numa zona de conforto até então intransponível, em mercado aparentemente limitado para crianças.

Mas, com o surgimento de outras empresas na concorrência dessa área, a empresa do Mickey precisou rever seus conceitos, mudar o foco, formar novas parcerias (isso quando não as compra, vide PIXA e FOX), para manter-se forte e atuante nesse mercado. Não que suas produções tenham decaído, ao contrário, com a chegada da concorrência, o mercado de filmes de animação infantil cresceu, se multiplicou forçando a Disney e se movimentar nesse mercado no qual ela se achava única. O público agradece.

E assim, em 2012 somos agraciados com a animação da Sony Animation, uma distensão da Sony Pictures, empresa que resolveu entrar nesse mercado nos apresentando o filme Hotel Transilvânia, trazendo para nós os Clássicos Monstros da Literatura, como “Monstros Camaradas” (parodiando aqui, uma animação clássica dos anos 60/70). Aqui, vemos um Conde Drácula paternal, tomando conta de sua bela filha, uma vampirinha prestes a completa 118 anos. Ele toma conta do hotel do título, onde recebe seus amigos monstros para uma temporada. O filme caiu nas graças do público, teve um modesto orçamento de U$ 85 milhões, faturou no mundo todo a quantia superior de U$ 350 milhões. Sucesso absoluto e a garantia de uma continuação, a qual se deu em 2015 e com um orçamento ainda menor: U$ 80 milhões, obteve a façanha de faturar ainda mais que o primeiro filme: U$  462.774.344, mais um marco para a franquia.

No primeiro filme, fomos apresentados ao Drácula e sua trupe tentando “proteger” sua filha Mavis do contato com os humanos, mas ela acaba se apaixonando pelo atrapalhado e simpático humano Jonathan. No segundo, surge o netinho do Drácula, o pequeno e endiabrado Denis, levando o avô a uma jornada para provar se seu neto é ou não um vampirinho. Também somos apresentados ao “terrível” e não menos engraçado pai do Drácula, o Velho Vlad. Neste terceiro filme, todos os personagens estão de volta, acrescidos de mais 2 centrais e outros tantos secundários sendo apresentados de uma forma condizente e coerente.

O filme começa com um flashback de perseguição de um velho inimigo do Drácula e dos outros monstros, o famigerado Caçador de Monstros Van Helsing. Após um desfecho curioso para esse personagem, a história avança e vemos o Drácula preocupado em arranjar uma namorada através das redes sociais. Sua filha Mavis achando que seu pai está cansado e merece umas férias, decide presenteá-lo com um Cruzeiro.

O roteiro nos apresenta algo novo, uma história diferenciada da cadência rítmica dos outros dois filmes, sem deixar essa pegada de lado, acaba nos encantando com seu humor sutil, frenético e abrasivo das tramas anteriores. Um ponto extremamente positivo da sequência onde pontua situações novas com personagens já conhecidos mostrando que artifícios novos podem estar presentes numa narrativa sobre personagens consagrados. Quando o roteiro expõe isso, o público se diverte ainda mais pelo fato de estar recebendo uma novidade bem trabalhada e sem as repetições dos clichês. Mesmo quando esses clichês se mostram presentes, são divertidos, fazem sentido e enriquece todo o contexto.

Novamente a introdução de novos personagens é bem conduzida, sem as apelações costumeiras e a forma de como “o tchan” acontece com o Drácula, é realmente divertida. E ainda mais engraçada é a sua reação ao se deparar frente a frente com sua amada. Não dá para não rir com suas “caras e bocas”. Uma surpresa à parte, a personagem Erika Van Helsing, interesse amoroso do Conde tem suas motivações bem trabalhadas, nos passando uma sensação de desconfiança durante o enredo e a medida que suas camadas são mostradas, o expectador vai aos poucos mudando seu ponto de vista sobre ela.

A animação também acerta ao acrescentar sub-tramas paralelas a trama central, não perdendo o foco da história. Essas sub-tramas são sempre divertidas, envolvendo outros personagens secundários como o Frank, O Lobisomem e sua Esposa (para mim, um dos personagens bem aproveitados no filme), Dennis e seu “cãozinho”, Blobby o Monstro Verde de Gosma, sem falar na “sensualidade” de Vlad, o pai do Dácrula, que leva “as moças” do cruzeiro suspirarem com seu sex appeal. Manter uma cadencia rítmica com tantos personagens, sem perder o foco dos personagens principais, não é fácil e aqui temos uma aula de total equilíbrio narrativo neste aspecto.

Outro quesito importante de ser citado é a dublagem brasileira que foi realizada nos estúdios da Alcateia Audiovisual no Rio de Janeiro com Direção de Marlene Costa. Todos os dubladores dos personagens centrais nos filmes anteriores foram chamados para emprestarem sua voz aos mesmos personagens, com exceção do dublador de Frank, o Ator, pois o Ator Mauro Ramos que dublou ele nos filmes anteriores, por motivo de agenda não pode participar desta gravação. E aqui vale uma ressalva. Quando temos a apresentação de um personagem dublado por uma determinada voz e essa voz é repetida nele nas sequências posteriores, nós criamos uma espécie de memória afetiva por essa voz-personagem, principalmente quando seu dublador, no caso o Mauro Ramos, já havia dublado outros personagens de animações com o Sullivan de Monstros S.A. e até o próprio Shrek. Não que o seu substituto, o Ator Márcio Dandi não tenha feito um trabalho excelente, mas aqui a memória afetiva faz o comparativo percebendo a diferença, sentindo falta do dublador anterior. No todo, o trabalho da dublagem brasileira está impecável como sempre, por esse motivo que somos considerados como o país de melhor equipe de dubladores do mundo.

Hotel Transilvânia 3: Férias Monstruosas já no seu fim de semana de estreia nos EUA, arrecadou mais de U$ 100 milhões, desbancando blockbusters como Arranha-Céu – Coragem sem Limite, filme de ação com o The Rock, para um orçamento um tanto mais caro do que os seus anteriores: U$ 80 milhões. É sem dúvida um filme que vale muito a pena, pois ficamos ainda mais gamados pela turma de monstros que  se tiver de fechar sua história nesse terceiro filme, será muito bem fechada, pois conseguiu manter a sua qualidade em todas as cenas mostradas, contar boas histórias e divertir todo o público seja ele adulto ou infantil, contagiando com sua trilha sonora pra lá de boa, vai conquistando de vez os apaixonados por estes monstros tão simpáticos e nada ameaçadores.

 

PROGRAMA CLUBE DO FILME

 

Neste sábado, 13h, na Rádio Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME, com temática Sobre Voluntariado. Comandado por Edson Santos e Mary Queiroz.

Pra falar dos filmes, os convidados Fabíola Magalhães, Betto Moura eJúnior Lucena, estarão presentes nos estúdios da Cultura.

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