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sábado, 15 de agosto de 2020

COLUNA CLUBE DO FILME DO MARY QUEIROZ

 

A FREIRA

Beleza e horror num só filme!


Fim de semana chegando e como sempre a gente reserva aquele tempo pra assistir uma boa produção cinematográfica e como fã de um bom terror, conferir o que A Freira iria nos entregar é essencial.

Desde que Invocação do Mal foi nos apresentado em 2013, passou a ser popular e se tornou um sucesso para quem curte um bom terror. Conseguindo  cair nas graças do público, aproveitou- se deste fato e  deu continuidade a franquia  com Invocação do Mal 2 ( 2016 ), possibilitando ainda  que surgissem seus derivados Annabelle (2014), Annabelle: A Criação do Mal (2017) e Annabelle 3: De Volta Para Casa (2019), seguindo  também com as produções de Invocação do Mal 3,  lançam agora,  A Freira, mais um  filme de terror sobrenatural, sendo um spin-off de Invocação do Mal 2, filme espetacular e que conseguiu superar as produções de Annabelle por nos trazer uma trama recheada de todos e possíveis ingredientes  que compõe um filme aterrorizante. Orçamentado em US$ 22 milhões, conseguindo na sua primeira semana de estreia arrecadar mundialmente  mais de US$ 130 milhões.

No filme vemos de início que presa em um convento na Romênia, uma freira comete suicídio. Para investigar o caso, o Vaticano envia um padre assombrado e uma noviça prestes a se tornar freira. Arriscando suas vidas, a fé e até suas almas, os dois descobrem um segredo profano e se confrontam com uma força do mal que toma a forma de uma freira demoníaca e transforma o convento em um campo de batalha. O ponto forte do roteiro de  James Wan e Gary Dauberman, foi conseguir desenvolver uma trama que seus principais personagens não estivessem ligados a grandes dramas ou conflitos e sim ligados por situações e acontecimentos longe de seu cotidiano. Preparando-os para um algo maior, os coloca diante de um cenário tenebroso, assustador e muito sinistro para os fazer explicar ou entender fatos sobrenaturais e capacitar o espectador acompanhar aquela jornada toda com  o coração na mão, a ponto de explodir e não se aguentar de tanto suspense. A narrativa foi bem objetiva, favorecendo o público compreender  cada ato e também o principal objetivo da entidade maligna, onde durante toda a trama foram violentos, demoníacos e macabros.

Seria injusto não exaltar aqui o excelente trabalho de direção onde Corin Hardy conseguiu extrair todo potencial do cenário, transformando  o convento num ambiente misterioso, onde demonstra que num mesmo local pode habitar seres de luz como das trevas, faz também que o público reflita sobre a vida e a morte quando os personagens estão diante de catacumbas e um cemitério numa floresta ainda mais sinistra. As atuações foram todas impactantes desde o momento um jovem chamado Frenchie (Jonas Bloquet) encontra uma freira enforcada na frente de um convento,  até quando o Vaticano nomeia o padre Burke (Demián Bichir) para investigar a situação e como  misteriosamente chama a noviça Irmã Irene ( Taissa Farmiga) para aquela jornada. Todos transmitem seriedade e veracidade em cada ato, mostrando que incorporar um personagem naquelas situações requer muita competência e ousadia, coisa que todos esbanjam na tela, deixando seus personagens fortes, poderosos e marcantes,  com identidade própria. O humor funciona nos momentos certos e brinca com o que é sagrado e qual o  contrário do termo, levando os protagonistas mergulhar a fundo na busca pelas respostas  em ocasiões que o  combate ao mal se faz necessário e isso eles passam a entender quando se encontram presos nos mais diversos ambientes, onde  todos são mostrados em cenas que utiliza pouca luz e muita sombra, enriquecido com os símbolos sagrados e profanos, uns usados sutilmente e outros com o exagero merecido.  Em muitos filmes de terror a escuridão atrapalha a boa visão das cenas, mas neste, ela favorece positivamente fazendo que a imersão do espectador seja mais completa e que ele absorva todo sentimento de ameaça e perigo vivenciado pelos personagens e quando o longa mostra as possessões, impacta pela habilidade como assusta e aterroriza.

O  filme é mais que um terror  e quando   se permite abrir espaço para uma aventura investigativa, vai se tornando cada vez mais atrativo, e tortura o espectador com a ideia   que alguns  personagens estejam tendo alucinações  e com dificuldade  para julgar o que de fato é real e o que não é, fazendo que isto atrase também todas as tentativas  que os personagens têm de evitar, barrar  e vencer aquele ser sobrenatural e maligno com capacidade possuir  qualquer humano e o   sucumbir às forças do mal.

A Freira é aquele filme que quando se está assistindo, a gente sente e sabe quando vai se assustar ou não vai se assustar porque já viu as cenas de terror no trailer, e mesmo assim ele ainda assusta  extraordinariamente com os jumpscares (sustos programados pela montagem e edição de som, com barulhos altos para fazer o espectador saltar da cadeira), consegue também  a proeza de nos  assustar mesmo quando a gente  já sabe que vai se  assustar e  ele nos  assusta quando a gente  nem imagina que vai se assustar. Nos assusta quando promete o susto, nos assusta sem prometer e nos assusta por nos deixa ciente que fomos assustados mesmo sem querer. Deu pra entender?  Se não deu, só assistindo para compreender. Porque o filme é excessivamente tenebroso,  muito assustador e um excelente terror.