AMBULÂNCIAS, UMA QUESTÃO DE EMERGÊNCIA EM CARUARU!
Um dos maiores
desafios em uma gestão pública é conseguir oferecer uma assistência em saúde
qualificada e que atenda as necessidades da população. Não é de hoje que
inúmeras denúncias são realizadas por todo o país sobre as péssimas condições
que os pacientes são submetidos. Problemas que variam desde a falta de insumos,
até a humanização nas unidades prestadoras.
Em Caruaru, a
escassez de ambulâncias tem dificultado o acesso dos pacientes e
consequentemente, agravado quadros. Além de superlotar os serviços e tornar
mais caótica a situação. De acordo com o Diretor Regional do Simepe, Dr. Paulo
Maciel, Caruaru conta com seis ambulâncias Básicas e três UTI móveis, o que é
insuficiente para atender a demanda local. Um dos problemas relatados é que as
macas das ambulâncias na maioria dos casos ficam retidas nas unidades, o que
paralisa a continuidade dos atendimentos extra-hospitalares. Por meio de nota,
a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que as equipes são orientadas a liberar
as macas no menor tempo possível. Já a Secretaria Municipal de Saúde ressaltou
que a Central de Transportes do município possui, hoje, cinco ambulâncias para
a remoção dos pacientes das unidades de saúde municipal.
Porém, os
profissionais de saúde, que estão todos os dias lidando com essa problemática
diretamente, assim como os pacientes que precisam com urgência desse importante
serviço, sabem que o quantitativo disponível de ambulâncias não é suficiente. A
população sofre bastante aguardando por transferências. Muitas vezes o leito é
disponibilizado para um serviço de alta complexidade, por exemplo, e o paciente
aguarda até dias em uma Unidade de Pronto Atendimento por um transporte
compatível com a sua necessidade.
Desejamos que o
poder executivo se sensibilize com a causa pública e dentro do possível,
resolva o problema. Problema esse que desencadeia muitos outros. Não adianta
orientar a equipes quanto a demora na liberação de macas apenas, realmente é
necessário mais investimentos significativos e aquisição de recursos com
qualidade para fazer acontecer uma assistência digna, a qual as pessoas merecem
e pagam seus impostos para tal. É inadmissível que uma cidade do porte de
Caruaru, que atende pessoas de várias localidades, com um alto fluxo inclusive
de atendimentos em emergência, conte com apenas esse quantitativo de
ambulâncias.
Essa foi minha
opinião de mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas,
questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.