A DEMOCRACIA E O ESTADO DE DIREITO DEVEM SER RESPEITADOS.
O ex-presidente
de República Luiz Inácio Lula da Silva teve sua condenação confirmada em
segundo grau (no TRF-4) sediado em Porto Alegre, na última quarta-feira (24) de
forma unânime, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A defesa pode entrar
com recursos ao próprio tribunal regional federal ou aos tribunais superiores,
para reformar o julgamento. Esse direito deve ser preservado e respeitado por
todos, já que são recursos previstos na legislação vigente e em nossa
Constituição Federal.
Mesmo com todos
os direitos garantidos pelo nosso ordenamento jurídico, várias declarações
foram feitas, muitas delas contestando o julgamento colegiado do recurso.
Para não
estender muito a coluna vamos trazer apenas dois posicionamentos publicados: o
primeiro de José Guimarães, deputado federal do PT-CE, líder da minoria da
Câmara dos Deputados – “essa condenação além de injusta, só fortalece a
mobilização que será iniciada no país para defender a candidatura de Lula às
eleições presidenciais. Não aceitamos eleição sem Lula”.
Já a senadora
do PT-PR, Gleisi Hoffman, presidente do Partido dos Trabalhadores disse: “o
corporativismo sobrepôs a Constituição, a legalidade, a democracia, sustentando
o golpe e os interesses da elite brasileira. Temos de nos preparar para lutar.
É na rua que vamos ganhar!”.
Não há outra
saída para o nosso país que não seja pelo respeito à democracia, o estado de
direito, a legislação em vigor e às instituições. Infelizmente, exatamente o
contrário do que está sendo levantado por essas duas lideranças, acima citadas.
Claro que eles podem e devem, como todos nós brasileiros, lamentar que um
presidente da República, que construiu sua história defendendo a ética, a
democracia e o direito dos trabalhadores, envolver-se, dessa maneira, num mar
de corrupção e ser condenado por tal ato, entretanto, um país das dimensões do
Brasil, só pode ir à frente se houver o respeito às instituições,
principalmente ao poder judiciário, que tem o poder e o dever de dizer o
direito.
Que a nossa
nação e suas lideranças, independente da ideologia que defenda, aprenda, mesmo
diante de tantos percalços, a respeitar os poderes constituídos e suas
decisões, e não conclamar a população, principalmente àquela mais desprovida de
instrução, para levá-la a todo lado, como uma massa de manobra, em total
afronta à democracia e ao estado de direito.
Fica a
reflexão. Esteja atento à próxima edição da coluna Hora da Cidadania, que é
divulgada todas as segundas-feiras. Você pode dar sugestão de temas, fazer
críticas e elogios através do e-mail: ericklessa04@gmail.com.