Amigos da imprensa os dados
de clonagem de cartão de crédito e débito e de golpes de boletos falsos,
contratação de empréstimos e financiamentos são alarmantes no Brasil – nos
últimos 12 meses fofam quase 9 milhões de vítimas dos falsários. Um levantamento feito pela CNDL-Confederação
Nacional de Dirigentes Lojista (criada em 1960) e SPC-Brasil-Serviço de
Proteção ao Crédito (criada em 1959) revela que 8,9 milhões de brasileiros
foram vítimas de fraude nos últimos 12 meses e foram entrevistados consumidores
em 12 capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto
Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e
Belém. Os dados são alarmantes se levarmos em consideração que a maior parte
dessas ocorrências 41% (3,6 milhões de pessoas) estão ligadas à clonagem de
cartão de crédito. Já o segundo golpe mais comum é o recebimento de boletos
falsos, com 13% das menções (1 milhão e 100 mil pessoas).
Além desses tipos de
fraudes, também aparecem clonagem de cartão de débito, contratação de
empréstimos e financiamento, todos com o mesmo nível de incidência 11% (1
milhão de pessoas). De acordo com o levantamento, 48% das fraudes (4 milhões e
200 mil casos)se deu em transações ou compras feitas pela internet e outros 20%
dos golpes (1 milhão e 800 mil) aconteceram nas operações realizadas em
agências bancárias ou financeiras e 15% (1 milhão e 300 mil) em lojas físicas.
*De cada R$ 100 reais roubados de bancos no Brasil R$ 95 já é pelo computador
ou internet, segundo dados da FEBRABAN-Federação Brasileira de Banco. Elas
acontecem através de fraudes eletrônicas, feitas por internet banking ou
cartões. Tais fraudes provocaram prejuízos de R$ 1,4 bilhão nos bancos. Já os
assaltos feitos por quadrilhas nas sedes dos bancos, com explosões de caixas
eletrônicos, apesar de serem espetaculares, causaram prejuízos estimados em R$
75 milhões. Vemos, portanto, que o crime está cada vez mais migrando para o
mundo virtual.
Principais consequências
enfrentadas pelas vítimas:
1-Compras indevidas em nome
da pessoa (37%)
2-Prejuízos financeiros
(24%).
3-Perda de tempo com
processos para regularizar a situação e a inclusão em cadastros de
inadimplentes;
4-E impossibilidade de
realização de compras por meio do crédito — ambas situações (22%).
O cartão de crédito é hoje
uma das formas mais populares de pagamento no mundo, principalmente pelas
facilidades que oferece. O e-commerce tem se mostrado uma solução mais prática
e, em alguns casos, sai até mais em conta adquirir determinados produtos. É muito
mais cômodo pesquisar, comparar preço, comprar e receber em casa sem precisar
enfrentar filas, trânsito ou demoras desnecessárias, mas é preciso tomar alguns
cuidados em sites e lojas online que não são tão confiáveis quanto parecem.
DICAS DE SEGURANÇA PARA
EVITAR QUE SEU CARTÃO SEJA CLONADO:
1º OBSERVAR A MÁQUINA DE
CRÉDITO E DÉBITO E O TERMINAL ELETRÔNICO DO BANCO:
NA MÁQUINA DE CRÉDITO E
DÉBITO:
Tamanho e largura da
máquina: Observe na hora de usar o cartão se a máquina está do tamanho que
deveria ter. Uma máquina alterada costuma receber uma nova peça encaixada,
acoplada que é responsável por “roubar, chupar, copiar” as informações dos
cartões ali inserido. Esse dispositivo deixa a máquina mais alongada e mais
larga. (ver foto-01)
Inserção do cartão: A
máquina adulterada faz com que o seu cartão de crédito fique muito mais para
dentro do dispositivo que o normal. Ele quase que fica completamente dentro da
máquina engolido por ela. (ver foto-02)
Teclas em destaque: Veja se
as teclas que finaliza (enter) ou cancela (cancel) a operação estão com as suas
cores vivas e destacadas. (ver foto-03)
Led invisível: Verifique se
a luz verde da máquina está visível. Geralmente a peça acoplada, que permite a
falsificação, acaba bloqueando a luz que deveria aparecer quando o equipamento
estivesse em uso. (ver foto-04)
Erros e falhas de conexão:
Erros de operações são frequentes nessas máquinas adulteradas. Isso acontece
porque as peças acopladas costumam ficar no caminho da faixa magnética quando
dados são digitalizados. Se o terminal estiver muito lento, e o problema não
for com a internet do lugar, este também pode ser um sinal de alerta. (ver
foto-05)
2º ADULTERAÇÃO DOS TERMINAIS
ELETRÔNICOS DE BANCOS
GOLPES PARA CAPTAR A TRILHA
E A SENHA DO CARTÃO:
Frentes falsas:
Os estelionatários
geralmente usam as chamadas “frentes falsas”, onde toda a parte frontal do
terminal eletrônico é sobreposto ao original para simular a frente de um caixa
verdadeiro. Um notebook é instalado por trás do equipamento com um mecanismo
interligado tanto no local de introdução do cartão magnético quanto no
dispositivo do teclado aliado a um programa que simula todas as principais
operações bancárias, porém nunca consegue finalizar a transação, aparecendo
sempre uma mensagem de erro. A intenção dos bandidos é copiar e enviar via
internet (este dispositivo possui um chip com modem que envia através da web
todas as informações para o bandido) a trilha do cartão como também a digitação
da senha nas teclas alfa numérica.
Sobreposição de falsa
entrada do cartão aliado a um dispositivo de filmagem:
Nesta modalidade os
suspeitos sobrepõem através de fita adesiva dupla face, um “falso mecanismo de
entrada do cartão magnético” para copiar a trilha do cartão, aliado a uma microcâmara
que fica perto do teclado para filmar a digitação da senha. Ambos os
dispositivos possuem em seu interior mecanismo eletrônico que é capaz de gravar
as trilhas do cartão bem como filmar a senha que está sendo digitada. Em ambos
os casos, após algum tempo os criminosos voltam ao banco retiram os
equipamentos que foram colocados e depois confeccionam vários cartões com as
trilhas capturadas e de posse das senhas realizam saques em dinheiro causando
grandes prejuízos para correntistas e instituições bancárias.
Não aceite ajuda de
estranhos ao usar caixas eletrônicos. Caso sua operação não for completada ou
apareça alguma mensagem de erro na tela procure forçar a frente do terminal ou
a entrada do cartão magnético para parte da frente, caso ele esteja clonado ou
sobreposto por algum mecanismo duvidoso ele sairá através do movimento
executado. Se for constatada a adulteração ou o seu cartão ficar preso no
terminal eletrônico entre em contato urgente com o banco através do SAC -
Serviço de Atendimento ao Cliente (geralmente a instituição financeira manda um
funcionário de segurança privada imediatamente ao local verificar o que está
ocorrendo com o terminal), funcionário credenciado ou para a polícia militar
através do número 190. Lembre-se que os bandidos podem estar de fora da
agência, por isso é importante sempre que possível, fazer seus saques no
horário comercial, quando o movimento de pessoas é maior, evitando o período
noturno. Quando precisar realmente sacar dinheiro à noite, leve um ou mais
acompanhantes adultos para que fiquem fora da cabine, como se estivessem na
fila;
3º CUIDADO E ATENÇÃO COM OS
IDOSOS:
Se possível, nunca permita
que um idoso possa ir a uma agência bancária desacompanhado de um adulto da
família ou de sua confiança, quando ele for realizar suas transações
financeiras (receber aposentadoria, retirar dinheiro, pagar contas). Pela própria idade e habilidade em manusear
equipamentos ele pode encontrar dificuldades como seguir o passo a passo que o
terminal eletrônico exige, dificuldade em colocar a senha e memorizá-la,
visualizar o teclado, colocar suas digitais e tirar dúvidas caso sua transação
financeira não seja concretizada. São essas situações que o idoso ao solicitar
ajuda de terceiros pode ser vítima de bandidos que via de regra estão sempre à
espreita para praticar todos os tipos de golpes inclusive se apoderar do número
e senha do cartão com o objetivo de cloná-los.
4º DICAS DE SEGURANÇA
GERAIS:
Não forneça a senha do
cartão ou dados pessoais por e-mail ou telefone – Nenhum banco é autorizado a
solicitar dados pessoais e intransferíveis do cliente, como senha, por e-mail
ou telefone. Os sites nunca pedem a senha do cartão para efetivar uma compra.
No comércio eletrônico, os sites costumam pedir o número do cartão, a data de
expiração e o código de segurança. As empresas geralmente pedem para ser
confirmados alguns dígitos e não a conta ou o número do cartão de crédito. Caso
tenha de atualizar algum cadastro, procure pessoalmente a instituição
financeira ou ligue diretamente para o serviço de atendimento ao consumidor. A
senha só é solicitada nos caixas de lojas físicas.
Proteja a sua senha - A sua
senha libera acesso direto à sua conta e informações financeiras. Mude sempre e
faça senhas fortes com letras maiúsculas e minúsculas e números. Memorize a
senha e não deixe registrada por escrito em nenhum local.
Cuidado ao acessar o internet
banking em outros aparelhos – Se você está em um computador público ou em uma
lan house, o risco de tornar-se vítima de um golpe é potencializado. Quando
precisar acessar a sua conta bancária pela internet, seja no notebook ou
celular, faça isso preferencialmente quando estiver conectado à uma rede sem
fio (WiFi) particular e nunca aberta ou pública. Nunca use computadores de uso
público de lan houses ou de terceiros para isso, os quais podem permitir que
invasores acompanhem toda sua navegação.
Verifique o cadeado de
segurança e a credibilidade do site – Ao fazer uma compra em qualquer site, o
consumidor deve atentar para o pequeno cadeado que aparece no canto superior da
tela. É ele que garante a navegação por um ambiente seguro e que ninguém pode ter
acesso a estas informações no seu computador. Se a loja desconhecida, o cuidado
é redobrado. É preciso verificar se a empresa possui endereço comercial,
telefone e cadastro de autorização de comercialização para ter certeza de que
não se trata de um golpe. É importante observar para onde o site direciona a
sua operação de pagamento da compra se for para uma página da operadora do
cartão é sinal de que o consumidor pode comprar com tranquilidade.
Monitore sua conta e não
esqueça de conferir a fatura do cartão – Fique sempre de olho no extrato
bancário da sua conta. Seja por internet banking, aplicativo ou até mesmo no
caixa eletrônico, o ideal é fazer um acompanhamento regular das suas
movimentações. As operadoras dos cartões costumam disponibilizar as faturas na
internet, em tempo real, e algumas avisam o cliente por SMS quando uma compra
foi efetivada. Se você perdeu seu cartão
e acha que alguém pode ter roubado seus dados, imediatamente ligue para o seu
banco e peça para bloqueá-lo.
Guarde o registro de compra
pela internet – Guardar o e-mail recebido da loja com a comprovação da compra,
ou até imprimir o comprovante, são ações que contam a favor do consumidor em
caso de fraude em operações virtuais.
Não dê seu cartão para
ninguém - Parece óbvio, mas às vezes acabamos dando o nosso cartão para pessoas
do nosso convívio, um colega de trabalho ou até nossos amigos. Atitudes como
esta podem aumentar as chances de algo acontecer com seus dados e o ideal é
evitar sempre.
Não envie foto do seu cartão
- Pelo mesmo motivo que você não deve informar os seus dados bancários por
telefone, não envie foto do seu cartão de crédito pela internet. Essas imagens
podem acabar parando nas mãos de pessoas não confiáveis, colocando a sua
segurança em risco.
Certifique-se que a máquina
de pagamento esteja perto de você - Se você pagar em um restaurante, exija que
todas as operações sejam realizadas em sua presença. Veja os recibos depois de
pagar com o seu cartão. O campo com a quantia paga não deve estar vazio.
Cuidado com o código de
segurança do cartão - Ao receber o seu cartão não deixe a numeração do código
de segurança visível atrás do cartão, anote-o (geralmente 3 dígitos) e depois
memorize para não deixá-lo exposto. Compras e golpes podem ser aplicados
somente com o número do cartão, validade e o código de segurança. Portanto
nunca entregue o seu cartão para um vendedor ou lojista sem ter apagado o
número do código.
Desconfie de produtos com
preço muito abaixo do praticado pelo mercado e sempre exija nota fiscal. Essas
atitudes resguardam o consumidor, caso ele tenha que fazer uma eventual troca
do produto ou venha pedir algum ressarcimento;
Instale um bom antivírus em
seu computador e celular. - O sistema operacional do seu computador e celular
tem que estar sempre atualizados. Eles evitam novas ameaças e vulnerabilidades
e se possível opte por um antivírus pago ao invés de gratuito porque ele tem um
poder de alcance muito maior em eliminar ameaças e perigos.
Tome cuidado com ligações
oferecendo promoções e sorteios nas quais é preciso fornecer e preencher
formulários com seus dados pessoais.
Cartões fora da validade ou
que não são mais utilizados devem ser destruídos e inutilizados.
Ao jogar fora faturas do cartão
e extratos bancários, rasgue-os de modo a impedir a identificação dos dados.
Guarde seus cartões em
locais onde só você tem acesso. Infelizmente, muitos casos de clonagem são
feitos por pessoas próximas a você.
SE FOR VÍTIMA DE CLONAGEM DE
SEU CARTÃO SAIBA COMO PROCEDER:
*Faça um boletim de
ocorrência na Polícia Civil, a fim de que eles possam iniciar uma investigação
para identificar os criminosos.
A responsabilidade por
prejuízos causados pela clonagem de cartões é da instituição financeira, o banco.
Trata-se de defeito na prestação do serviço, tendo em vista que a segurança
financeira é ameaçada e constitui uma falha no serviço prestado. Se o
consumidor agiu corretamente e não deu causa ao problema, a instituição
financeira não pode transferir ao consumidor um ônus que é seu. Além disso, a
clonagem acarreta prejuízos com despesas indevidas e cancelamento do cartão.
Numa situação dessa, cabe ao banco cancelar a compra não reconhecida pelo
consumidor, estornar a cobrança, juros e multas e fornecer outro cartão. O
banco é obrigado por lei a ressarcir o consumidor quando comprovada a fraude. O
maior prejudicado nestes casos, contudo, é o lojista. Se a loja permitiu a
compra com um cartão roubado e entregou o produto, é ela que arcará com o
prejuízo da operação.