Na próxima segunda-feira (26)
o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai apresentar, na sessão da 4ª Vara
do Tribunal do Júri da Capital, pedido de condenação de Wellington Silvestre
dos Santos, apontado como o executor da chacina.
O crime ocorreu em 06/02/2015,
na cidade de Poção/PE quando o carro do conselho tutelar foi interceptado numa
emboscada que resultou na execução de três conselheiros tutelares e da avó
materna de uma criança de 3 anos de idade, que também estava no interior do
veículo.
Wellington foi denunciado
pelos quatro homicídios qualificados pela emboscada, mediante pagamento e com
característica de grupo de extermínio (Artigo 121 §2º, incisos I e IV, e §6º do
Código Penal) contra Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, José Daniel Farias
Monteiro, Carmem Lúcia da Silva (conselheiros tutelares) e Ana Rita Venâncio,
avó materna da criança.
A denúncia incluía ainda a
tentativa de homicídio da menina que foi encontrada em estado de choque no
braço da avó que foi executada, em razão dos autores terem assumido o risco de
tê-la atingido. Todavia, esta tese não foi aceita pelo Tribunal.
Desde as investigações,
apontou-se que o crime foi encomendado pela avó paterna da menina, Bernadete de
Britto Siqueira, que contratou grupo de extermínio para eliminar a família
materna e garantir a guarda da menina. A denúncia apontou oito pessoas como
responsáveis pela chacina.
Quando do oferecimento da
denúncia, todos os réus estavam presos, exceto Wellington que ostentava
condição de foragido. Assim, para evitar delongas, houve desmembramento do
processo principal, dando origem a um novo processo que permaneceu suspenso até
sua captura, em 25/10/2016.
Retomado o curso da ação, o
réu foi pronunciado e, posteriormente, requerido o desaforamento da ação para a
capital. Assim, o processo foi distribuído à 4ª Vara do Júri da Capital, onde
ocorrerá o seu julgamento em plenário.