A Associação dos
Policiais Civis de Pernambuco (ASPOL/PE) denuncia o descaso do Governo em
relação à implantação da progressão dos servidores, que deveria ter sido
concedida no mês de março de acordo com a Lei Complementar nº 280/2014.
Acontece que, para a surpresa dos
policiais, não consta em seus contracheques de março nenhuma progressão. Para
piorar, a legislação traz a exigência de um decreto específico, que não será
editado tão cedo se depender da iniciativa da Administração Pública.
Em 2014, a categoria teve um
enquadramento e uma progressão no mês de junho, mesmo sem passar por um
processo de avaliação de desempenho anual, que por sua vez seria um retrocesso
aos policiais que ficariam subordinados às vontades dos superiores hierárquicos.
O Sindicato dos Policiais Civis de
Pernambuco (SINPOL/PE), que deveria lutar pela efetivação dos direitos da
categoria, continua omisso em relação às progressões dos servidores. Em nenhum
momento, a entidade procurou sentar com o governo para viabilizar essa demanda.
Os policiais não progrediram em 2012,
2013 e 2015, o que trará graves prejuízos, principalmente para as mulheres que
possuem aposentadoria especial aos 25 anos de atividade, desde que desempenhem
15 anos de polícia. Com isso, terão de permanecer na instituição por mais
tempo, até conseguirem chegar ao final do Plano de Cargos, Carreiras e
Vencimentos (PCCV).
Para Diego Soares, presidente da
ASPOL/PE “a categoria continua trabalhando insatisfeita, pois o Governo não
prioriza os servidores, somente planilhas e números do Pacto pela Vida, gerando
um descrédito do servidor e da sociedade que está assolada por uma onda de
criminalidade que sucessivamente cresce no Estado”.