A Associação dos Policias Civis de Pernambuco (ASPOL/PE)
denuncia que o associado e delegado de polícia Flávio Tau de Souza Campos foi
transferido de seu local de trabalho, a delegacia do Alto do Pascoal, de forma
arbitrária. Isso porque ele enviou, de forma fundamentada, uma comunicação
interna aos gestores de polícia, na qual informava que o número de policiais
era insuficiente para desenvolver as atividades de Polícia Judiciária e para
alcançar os resultados propostos pelo ‘Pacto pela Vida’. Logo em seguida, ele
foi transferido.
O
fato ocorreu após o delegado titular da 5ª DESEC – Apipucos enviar documento
para o diretor da Metropolitana argumentando que o delegado Flávio sempre
desempenhou suas funções com seriedade, zelo e compromisso junto à delegacia do
Alto do Pascoal e que, desde 2015, havia mencionado através de expedientes o
seu descontentamento com o quantitativo do efetivo e com a estrutura à sua
disposição.
Após
os referidos expedientes do delegado Flávio, expondo o parco efetivo que se
resume a 18 policiais para atender a uma demanda de 121.575 habitantes, o que
totaliza um policial civil para cada 6.754 habitantes, além das péssimas
condições materiais da delegacia, o gestor de Apipucos pugnou pela remoção do
servidor alegando falta de motivação, o que demonstra uma transferência eivada
de vícios, bem como uma remoção cruzada, ou seja, uma permuta que somente pode
ocorrer com a autorização expressa dos policiais.
Para
Diego Soares, presidente da ASPOL/PE, “a remoção do delegado é um ato ilegal e
arbitrário por parte da Secretaria de Defesa Social, que trata os servidores
como estatísticas de um programa falido denominado ‘Pacto pela Vida’. Esta
iniciativa prega somente o encarceramento em massa sem nenhuma política efetiva
no combate a criminalidade e na valorização do servidor”.
Diante
do presente relato, a ASPOL/PE se coloca à inteira disposição do associado para
ajudá-lo por meio de sua banca jurídica. O intuito é tornar nulo o ato ilegal
da remoção para que o servidor retorne às suas atividades na delegacia onde
sempre desempenhou, de forma satisfatória, todas as suas atribuições de
autoridade policial.