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VIOLÊNCIA E A AUSÊNCIA DO PODER PÚBLICO!
Na semana
passada a folha de São Paulo veio a Pernambuco buscar informações para uma
reportagem sobre a violência e buscar as causas junto à especialistas e
profissionais de segurança pública e de jornalismo, que cobrem a área policial
no nosso Estado.
Chamou atenção
dos profissionais do renomado jornal a quantidade de homicídios registrados em
Pernambuco nos dois primeiros meses do ano. Pernambuco, segundo dados oficiais
da Secretaria de Defesa Social do estado registrou 977 homicídios, latrocínios
e lesões corporais seguidas de morte, os chamados CVLIs (crimes violentos
letais intencionais), representando um incremento de 47,7% em relação ao mesmo
período do ano passado.
Em uma das
reportagens, a folha de São Paulo entrevistou José Luiz Ratton, que é professor
de sociologia da UFPE, pesquisador da violência no estado e um dos responsáveis
pela criação do Pacto Pela Vida, plano de segurança pública que foi criado no
governo Eduardo Campos e tem como objetivo reduzir em 12% de homicídios
anualmente, no comparativo com o ano anterior. Segundo Ratton, o perfil de quem
morre e quem mata em Pernambuco é: “jovem, pobre, negro e morador da
periferia”.
No nosso estado
a maioria das pessoas que morre assassinada possui baixa escolaridade, além
disso tais crimes ocorre em regiões pobres, e com pouca presença do poder
público.
Nós da coluna
Hora da Cidadania também acreditamos que a presença do poder público com seus
serviços essenciais, que são obrigações dos entes federativos (União, Estados e
Municípios) tem direta relação com os índices de violência que registramos.
Em Caruaru,
quando verificamos estudos que mostram o IDH (índice de desenvolvimento
humano), que levam em conta a média de renda, saneamento, longevidade
(expectativa de vida), educação, serviços de saúde percebemos que estamos
necessitando avançar e muito nesses serviços públicos, a fim de também reduzir
índices de violência, já que os estudos mostram que tais fatores de evolução no
desenvolvimento humano são preponderantes para a redução da violência.
Muito há que se
fazer em termos de prestação de serviços públicos, na maioria das vezes
relegada a segundo plano pelos governantes, gerando esse grave problema de
segurança pública, que atravessamos atualmente. Resta claro, que segurança
pública não é assunto apenas de polícia e dos demais órgãos do sistema de
segurança e justiça criminal e o poder público precisa colocar tal questão
(segurança) como prioridade.
Fica
a reflexão. Fique atento à próxima edição da Hora da Cidadania, que é divulgada
todas as segundas-feiras.
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