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domingo, 24 de julho de 2016

REBELIÃO NA PENITENCIÁRIA JUIZ PLÁCIDO DE SOUZA EM CARUARU DEIXA UM SALDO DE SEIS MORTOS E ONZE FERIDOS.

 
O Samu socorreu todos os feridos levando-os ao Hospital Regional do Agreste.

 

 



 

 


























Detentos da Penitenciária Juiz Plácido de Souza em Caruaru, realizaram uma rebelião que teve início as 4 horas da tarde deste sábado (23) após a visita íntima e só foi controlada as 6 horas da manhã deste domingo (24), após 10 horas de intensa negociação entre os amotinados e a direção da unidade e resultou numa grande depredação que destruiu parcialmente 15 dos 17 pavilhões existentes, ficando intactos apenas os pavilhões da disciplina e a cozinha. Os presos atearam fogo em colchões, feriram onde reeducandos a pauladas e facadas e mataram seis presos, sendo que três deles tiveram suas cabeças decepadas.

O Secretário Estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, veio a Caruaru e iniciou as negociações, ele garantiu que não haveria transferência, nem a necessidade da intervenção do Batalhão de Choque, inclusive disse que haveria visitação normal de parentes dos presos neste domingo, no entanto depois foi convencido pelos agentes sobre a necessidade da intervenção do Batalhão de Choque, que a penitenciária não teria condição de receber as visitas e que para que a paz fosse restabelecida teriam que transferir alguns presos, onze deles foram levados ao presídio de Limoeiro, a programação de visita foi suspensa e houve a ação do Batalhão de Choque, contrariando o que disse o secretário.

O advogado, Dr. João Américo, disse que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), designou uma comissão para acompanhar a rebelião e segundo ele essa comissão tem como finalidade constatar que não houve nenhum excesso na contenção do sinistro.

O Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco, João Carvalho, informou que seis detentos foram mortos por reeducandos, mas tudo isso ocorreu devido a ineficácia do Estado em permitir que os próprios presos atuem como chaveiros, para ele o Promotor do Sistema Penitenciário e o Juiz da Vara de Execuções Penais, terão que rever seus conceitos, pois muitos presos já deveriam estar em liberdade, mas são mantidos no Sistema Penitenciário pelo simples fato de não haver rigor na observação no prazo do cumprimento de suas penas. Outro ponto destacado pelo presidente, foi a superlotação da penitenciária que foi construída para acomodar 300 presos e hoje tem uma população carcerária de quase 200 detentos, enquanto que existem apenas 7 agentes penitenciários de plantão, o Estado sabe disso e é omisso.

O Capitão André Henrique do Corpo de Bombeiros Militar, disse que foram empregados 12 Bombeiros, duas Brigadas de Incêndio e uma ambulância de salvamento. Ele informou que o cenário de destruição é impressionante e que pelo que viu parte da estrutura física da penitenciária está comprometida.

O Tenente-Coronel Roberto Galindo da Polícia Militar, interrompeu as suas férias para acompanhar o desfecho da rebelião e segundo ele aproximadamente 100 policiais militares do BEPI (Batalhão Especializado de Policiamento do Interior), Batalhão de Choque e do GATI (Grupo de Apoio Tático Itinerante) do 4º BPM, trabalharam na contenção da rebelião e nenhum detento conseguiu fugir da unidade, apesar de boatos nas redes sociais afirmarem que 200 presos teriam fugido.


O delegado da 3ª DP, Dr. Luiz Bernardo, que está na DEAH (Divisão Especial de Apuração de Homicídios), disse que os assassinos ainda não foram identificados e que as imagens de fotos e vídeos divulgadas nas redes sociais serão fundamentais para identificar e punir os assassinos.

Nem os nomes dos onze feridos, que foram levados ao Hospital Regional do Agreste, inclusive dois deles foram transferidos ao Hospital da Restauração no Recife, tampouco de  quatro dos seis mortos que foram levados ao Instituto de Medicina Legal (IML), foram fornecidos á imprensa, os unícos identificados são Fábio Geraldo de Barros, de 44 anos e Ivanildo Alves de Oliveira, de 45 anos. Todos os corpos continuam no IML, para serem identificados pelos familiares.