Colecionadora de investigações!
Não é novidade
para ninguém a Prefeitura do Município de Caruaru ser alvo de inquéritos. Em
menos de 16 meses de gestão, já se contabiliza aproximadamente uma dezena de
investigações noticiadas contra o poder executivo municipal. O caso mais
recente apresentado pela imprensa foi a contratação sem licitação de uma
empresa para fornecimento de merenda escolar, a qual iniciara suas atividades
há menos de um mês de sua contratação. O caso está sendo investigado pelo
Ministério Público Federal (MPF).
Este é mais um
de outros tantos processos de investigação pelos quais a Prefeitura está
submetida. Pelas ruas da cidade, o que se vê é a população indignada com a
situação e, com ironia, dizendo que a prefeita tem se tornado uma verdadeira
"colecionadora de investigações".
Ainda na semana
passada, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu outro inquérito para
investigar a Prefeitura do Município de Caruaru. A investigação presidida pelo
promotor do patrimônio público, Dr. Marcus Tieppo – foi aberta após uma
representação feita por um vereador da cidade, apontando irregularidades na
contratação direta do Instituto Tecnológico de Gestão (INTG) para prestação de
serviços para o município.
No início do
mês, o MPF passou a investigar o empréstimo de mais de R$ 83 milhões entre a
Caixa Econômica Federal – fato que também já estava na mira do Ministério
Público estadual (MPPE).
Em um rápido
exercício de memória, o cidadão pode se recordar de vários processos referentes
à atual gestão. Por exemplo, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do
Ministério Público Estadual, em Caruaru, instaurou dois inquéritos para apurar
o excesso de contratos temporários de trabalho na prefeitura do município, que
somam 5.846 empregos, e criação, pela atual gestão, de 523 cargos
comissionados.
Outro caso
tornou-se ainda mais emblemático porque foi publicado na edição do Diário
Oficial de Pernambuco em 18 de maio de 2017, aniversário de 160 anos de
Caruaru, que estampava na capa o ajuizamento de uma ação civil pública movida
pelo Ministério Público em desfavor da gestão municipal, que havia contratado
de forma direta uma empresa para realizar o São João, após dispensa de licitação,
sem notificar o motivo de tal dispensa.
Enquanto
"coleciona" tantas investigações, a prefeita também tem 'colecionado'
sentimentos de insatisfação. É necessário compreender que os recursos públicos
são patrimônio da sociedade e devem ser administrados segundo os princípios
estabelecidos na Constituição, como moralidade, legalidade, impessoalidade,
publicidade e eficiência.
Fica a
reflexão. Fique atento à próxima edição da Hora da Cidadania, que é divulgada
todas as segundas-feiras. Você pode dar sugestão de temas, fazer críticas e
elogios através do e-mail: ericklessa04@gmail.com.
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