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PORQUE O SILÊNCIO AINDA VENCE?
Em nossa última
coluna, trouxemos o caso de estupro seguido de morte, de uma criança de apenas
um ano e seis meses, ocorrido na cidade de Bezerros, tendo como acusado pelo
crime o padrasto da vítima. Na madrugada do mesmo dia (11), em Vitória de Santo
Antão, quatro jovens universitárias tiveram seu apartamento invadido por dois
criminosos. Os homens entraram pela janela e assaltaram as mulheres, segundo a
Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), os suspeitos levaram duas das quatro jovens
para um dos quartos do imóvel, onde praticaram estupro.
As jovens
ficaram em estado de choque, receberam assistência multiprofissional e
realizaram exames periciais e profilaxia para as Infecções Sexualmente
Transmissíveis e gravidez. O crime causou grande impacto e comoção no município,
e deixou os moradores perplexos, principalmente porque o local a qual ocorreu,
foi em uma área central e de grande circulação na cidade.
Um pai de santo
e comerciante, foi preso nessa segunda-feira (16), no bairro Vasco da Gama,
Zona Norte de Recife, acusado de estupro de vulnerável contra três crianças. O
homem, de 35 anos, que não teve a identidade revelada, é suspeito de ter
abusado sexualmente da filha de 5 anos e dois adolescentes: a enteada de 14
anos e outro rapaz, também de 14 anos. Segundo a delegada titular de Casa
Amarela, Lídia Barci, ainda pairam suspeitas de que a mãe das crianças tenha
sido conivente com a situação, já que após a denúncia a família mudou de
endereço algumas vezes.
É importante
destacar que a maioria dos casos de abuso, ocorrem no seio familiar e no
interior das residências, cometidos por pais, tios, padrastos, vizinhos... A
melhor forma para combater é quebrar o silêncio e denunciar, assim como,
observar a mudança de comportamento, que pode ser apresentado por pessoas que sofrem
esse tipo de violência. Em muitas situações, a vítima não consegue de início
externar o fato ocorrido.
Podemos
analisar que a violência sexual tem crescido drasticamente, e que as crianças
são os sujeitos mais penalizados por além de sofrerem a dor física e emocional
a qual o ato trás, sofrem pela imaturidade natural a qual passam, o que muitas
vezes descredencia as mesmas a serem ouvidas. Mesmo que a criança já possua uma
idade compatível com o diálogo, sofrem por não saber lidar com o medo e as ameaças
que o agressor deposita sobre ela. No Brasil, 50% dos estupros são de crianças
de até 13 anos e, desses, 68% são cometidos por pessoas próximas, como
familiares ou amigos (Sinan/Ministério da Saúde). Talvez o silêncio ainda
vença, porque os estupros geralmente acontecem partindo das únicas pessoas as
quais as vítimas confiariam contá-los!
Essa foi minha
opinião de mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas,
questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com